Perda de fôlego

Confiança dos serviços não sustenta recuperação e cai em abril

O IE-S caiu 1,6 ponto, para 94,4 pontos, enquanto o ISA-S recuou 0,5 ponto, para 95,4 pontos, menor nível desde maio de 2023

Índice de Confiança de Serviços
Índice de Confiança de Serviços / Divulgação

Em abril, o ICS (Índice de Confiança de Serviços) registrou uma queda de 1,0 ponto, atingindo 94,8 pontos, o que representa uma reversão da tendência positiva observada no mês anterior, quando havia aumentado 1,6 ponto.

Esses dados foram divulgados na manhã desta segunda-feira (29) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). No cálculo das médias móveis trimestrais, o índice apresentou uma variação de -0,3 ponto.

Em uma declaração, Stéfano Pacini, economista do FGV/Ibre, observou que o início do segundo trimestre foi marcado por uma deterioração na confiança dos serviços. Ele destacou que o resultado de abril reforça a percepção dos últimos meses de enfraquecimento do setor em relação à situação atual.

“Os resultados negativos em relação ao futuro ocorrem de forma heterogênea entre os segmentos e começam a dar sinais de que o setor de serviços não deve observar uma forte retomada nesse primeiro semestre”, previu.

Outros índices de confiança

A queda no ICS neste mês foi impulsionada tanto pela deterioração das avaliações sobre o momento atual quanto pelas expectativas para os próximos meses. O IE-S (Índice de Expectativas) registrou uma queda de 1,6 ponto, alcançando 94,4 pontos.

O ISA-S (Índice de Situação Atual) teve uma queda de 0,5 ponto, atingindo 95,4 pontos, o menor nível desde maio de 2023 (92,3 pontos).

Esse resultado foi influenciado tanto pelo indicador de volume de demanda atual, que recuou 0,6 ponto, chegando a 95,4 pontos, quanto pelo indicador de situação atual dos negócios, que retraiu 0,4 ponto, alcançando 95,3 pontos.

Os dois componentes que formam o IE-S (Índice de Expectativas) registraram queda, sendo que o indicador de tendência dos negócios para os próximos seis meses teve o maior impacto na redução, com um recuo de 2,5 pontos, chegando a 94,5 pontos.

Enquanto isso, o indicador de demanda esperada para os próximos três meses retraiu 0,4 ponto, alcançando 94,5 pontos.