O ano de 2021 foi marcado por um reflexo da crise econômica originada pela pandemia do coronavírus, que impactou no Ibovespa, resultando em uma forte volatilidade. Entretanto, existem 10 ações, que segundo um levantamento do Valor Data, apresentaram variação de -3,93% até 17 de novembro, com base nos pesos que elas tinham nesta data.
Com esses dados, se um investidor tivesse aplicado nessa carteira hipotética no começo deste ano, levando em consideração o peso que cada uma possui, ele teria perdido 3,93% do montante. Se comparado ao Ibovespa, o valor dessa carteira apresenta um diferencial, já que o índice no início do ano teve perda de 13,4% até a mesma data.
Conforme o Valor Investe, as ações de maior peso na lista correspondem a 47,62% do índice. Sendo os papéis que tem maior representação ordinária, atualmente: Vale(ON), com 11,21%; Petrobras (PN), com 6,22%; Itaú (PN), com 5,44%; Bradesco (PN), com 4,84%; Petrobras (ON) com 4,84%; B3 (ON), com 3,87%; Ambev (ON), com 3,81%; WEG (ON), com 2,49%; JBS (ON), com 2,27% e Itaúsa (PN) com 2,27%.
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Dessas companhias, apenas JBS, Ambev e Petrobras (ações ordinárias e preferenciais) tiveram uma variação positiva até o dia 17 de novembro. Já as demais empresas, perderam no acumulado de janeiro até meados de novembro. Para o estrategista da Genial Investimento, Filipe Villegas, JBS e Ambev foram as companhias que contribuíram positivamente para o índice no ano.
Mas qual o motivo desse desempenho? Como a carteira é ajustada diariamente, uma das ações dessa lista poderia estar com participação mais alta em período em que os papéis estavam em queda, como é o exemplo da Petrobras.
“A Petrobras, apesar de estar positiva em 2021, veio perdendo relevância durante o ano e dando espaço para outras. Então, ela não contribuiu para a alta. Se a Petrobras, com essa valorização, conseguisse permanecer com a relevância que ela tinha no início do ano, aí sim poderia ter ajudado o Ibovespa positivamente”, explica Villegas. Porém, o especialista ressalta que mesmo que essas ações tenham contribuído de maneira negativa para o índice, isso não quer dizer que elas são apostas ruins para o investidor.
“O mercado maltratou demais algumas ações por conta de questões macroeconômicas que influenciam a percepção de risco. Muitas empresas que têm contribuição negativa continuam com bons fundamentos e são boas. Isso se encaixa, por exemplo, para o setor bancário”, diz.
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