Conheça 10 ETFs mais negociados por brasileiros nos EUA

Segundo estudos, brasileiros aproveitaram a queda de ações de tecnologia para aplicar nos papéis na bolsa americana, em setembro.

Em um mês conturbado até para o mercado americano que andava bem, os brasileiros continuaram apostando em ações negociadas fora do país, de acordo com levantamento feito pela plataforma de investimento internacional Stake.

Em setembro, houve quase uma “tempestade perfeita”: temores de que um eventual calote da incorporadora chinesa Evergrande se espalharam pelo mercado financeiro; os Estados Unidos começaram a discutir limite ao endividamento público, o que acendeu alerta sobre uma nova crise no país; e a inflação americana pressionou as taxas de juros e aumentou a expectativa de o banco central local, o Fed, começar a subir juros e retirar estímulos financeiros antes do previsto. Com isso, o índice S&P 500 perdeu 4,82% no acumulado do mês, enquanto o Nasdaq caiu 5,31% e o Dow Jones recuou 4,29%.

Segundo a Stake, mesmo neste cenário, o investidor brasileiro foi um grande comprador de empresas de tecnologia, que foram especialmente penalizadas pelo mercado, principalmente pelo aumento nas taxas de juros, uma vez que essas empresas têm um alto grau de alavancagem financeira (leia-se endividamento) e têm seus fluxos de caixa projetados num futuro mais distante.

O interesse por ações de tecnologia também se faz presente nos ETFs, com alta procura pelo QQQ, que replica o índice Nasdaq 100, com grandes companhias de tech em seu portfólio.

Destaque também para o UVXY, que replica o VIX, índice de volatilidade das opções da bolsa de Chicago, conhecido popularmente como o “índice do medo”, que chegou a subir 42% no mês em meio ao cenário conturbado, depois revertendo um pouco dos ganhos, mas fechando setembro em alta de 13,6%.

“A busca por esse tipo de instrumento mostra que o investidor de varejo está se tornando cada vez mais sofisticado, procurando formas de proteger seu patrimônio em momentos de alta volatilidade”, diz Rodrigo Lima, analista de investimentos e editor de conteúdo da Stake.

O executivo comenta ainda que, assim como alguns investidores institucionais, o brasileiro parece ter aproveitado para comprar companhias de alto crescimento a valores mais descontados em meio a um cenário turbulento.

Outro destaque foram as ações da Globalstar, companhia de comunicação por satélite, que chegaram a subir 38% no mês com rumores de que a Apple disponibilizaria conexão por satélite em seu novo iPhone 13. Como os rumores não se confirmaram, as ações devolveram os ganhos e fecharam o mês em queda de 16,9%.

“Em relação aos ETFs (fundos que replicam índices) mais negociados, vimos grande procura pelo URA, fundo que investe em companhias com exposição ao urânio e ao setor de energia nuclear. Esse movimento ocorre em um momento em que o setor de energia sofre no mundo todo para conseguir atender a demanda sem se tornar dependente de fontes altamente poluentes como os combustíveis fósseis. As usinas nucleares podem ser uma resposta para este problema”, observa Lima.

Ações mais negociadas em setembro

Apple, Inc.: (AAPL)
Amazon.com Inc.: (AMZN)
Microsoft Corporation: (MSFT)
Tesla, Inc.: (TSLA)
NVIDIA Corporation: (NVDA)
Alphabet Inc. – Class A Shares: (GOOG)
Globalstar Inc.: (GSAT)
AMC Entertainment Holdings, Inc.: (AMC)
Facebook, Inc.: (FB)
Walt Disney Company, The: (DIS)

ETFs mais negociados em setembro

Global X Uranium ETF: (URA)
Global X SuperDividend REIT ETF: (SDIV)
S&P 500 Vanguard ETF: (VOO)
Invesco QQQ Trust Series 1: (QQQ)
ProShares Ultra VIX Short-Term Futures ETF: (UVXY)
Gold Trust (ETF) iShares: (IAU)
REIT Vanguard ETF: (VNQ)
Core S&P 500 iShares ETF: (IVV)
ETFMG Alternative Harvest ETF: (MJ)
Global X NASDAQ 100 Covered Call ETF: (QYLD)

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