O empresário Juca Abdalla está diretamente ligado a Engie Brasil (EGIE3) por uma particularidade um tanto curiosa: 10% dos ativos pertencem apenas a ele. São mais de 37 milhões de ações.
Juca Abdalla detém os papéis por meio do Banco Clássico, no qual ele é o único correntista, de acordo com o analista de Equity da Edufinance, Matheus Nóbrega.
O Banco Clássico é conhecido por investir em grandes empresas de energia, conhecido como ser um bom pagador de dividendos. Para se ter noção, a Engie distribuiu R$ 60 milhões ao seus acionistas em 2021.
Sozinho, Abdalla recebeu R$ 6 milhões desse valor. Em um único dia, ele viu seu patrimônio aumentar em R$ 1 bilhão quando os papéis da Eletrobras subiram 50%, porque o governo sinalizou a privatização da companhia de energia.
“Anônimo”, Juca Abdalla é dono de verdadeira fortuna
A fortuna do banqueiro é estimada em US$ 3,1 bilhões, de acordo com lista da Forbes, o colocando como um dos principais investidores do Brasil. Um fator curioso, visto que o empresário é, praticamente, desconhecido dentro do mercado financeiro, pelo fato de não participar de entrevistas e de palestras.
A família Abdalla, no geral, é conhecida por ganhar do estado de São Paulo uma indenização de R$ 2,5 bilhões nos anos 2000.
Entre junho de 2018 e junho deste ano, o patrimônio líquido do Banco Clássico passou de R$ 5,8 bilhões para R$ 7,8 bilhões.
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A Eletrobrás e a Cemig, onde Juca Abdalla detinha participação de 5% e 7%, respectivamente, estão entre as principais responsáveis pelo salto. Entre 2018 e 2019, os papéis das duas companhias registraram uma valorização na casa dos 80%.