Mercado Imobiliário

Conselho da PDG aprova aumento de capital de R$ 345 milhões

Construtora realizará subscrição privada de 627,8 milhões de ações a R$ 0,55 para reduzir endividamento e reforçar estrutura financeira

Fonte: Divulgação
Fonte: Divulgação

A construtora residencial PDG Realty (PDGR3) anunciou na noite desta quinta-feira (7) que seu conselho de administração aprovou um aumento de capital no valor total de R$ 345,3 milhões.

De acordo com fato relevante divulgado pela empresa, o aumento será realizado por meio de uma subscrição privada de 627,8 milhões de ações ordinárias, com preço de emissão fixado em R$ 0,55 por ação.

O objetivo principal da operação é contribuir para a redução do endividamento da companhia e adequar sua estrutura de capital.

A medida faz parte do plano de recuperação judicial da empresa, buscando fortalecer sua situação financeira para dar continuidade às atividades.

No fechamento do pregão de quinta-feira, as ações da PDG encerraram cotadas a R$ 0,20, demonstrando a expectativa do mercado em relação ao processo de recuperação.

A subscrição privada permitirá à PDG captar recursos essenciais para ajustar seu balanço, reduzir custos financeiros e retomar o crescimento em um setor que, apesar dos desafios, apresenta sinais de recuperação.

PDG é acusada de descumprimento de recuperação judicial

Um detentor de 2,5% das ações da PDG entrou com um pedido de suspensão imediata do aumento de capital da companhia na justiça de SP. 

Luciano Faria de Carvalho acusa a empresa de transferência do controle majoritário da companhia para um grupo restrito, causando prejuízo aos demais acionistas e descumprindo termos de recuperação judicial.

A conversão de R$ 16 milhões em dívidas relacionados ao aumento de capital, possui R$5 milhões em notas comerciais detidas pela GB Securitizadora. Segundo apuração do portal Pipeline, as notas emitidas em fevereiro têm prazo de um ano e remuneração de +15% no CDI (Certificado de Deposito Interbancário).

No processo de modificação, os papéis foram avaliados em R$8,1 milhões, considerado um “grande e nebuloso negócio” para os detentores da dívida.

Segundo o advogado de CarvalhoStéfano Soares Faria, não haveria motivos para adiantar a venda, considerado que as notas da GB têm garantia em imóveis.