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Copasa (CSMG3) pagará R$ 372,4 milhões em dividendos extraordinários

As ações da Copasa passarão a ser negociadas como “ex-dividendos” em 14 de dezembro de 2023

Os acionistas da Copasa (CSMG3) aprovaram nesta quarta-feira (13), em Assembleia Geral Extraordinária (AGE), o pagamento de R$ 372,4 milhões em dividendos extraordinários. A estatal utilizará parte do saldo da conta de Reservas de Retenção de Lucros existente no balanço do exercício encerrado em 31 de dezembro de 2022.

O valor é equivalente a R$ 0,9823049990 por ação. Terão direito aos proventos os acionistas dentro da data-base do fechamento desta quarta-feira (13). As ações da Copasa passarão a ser negociadas como “ex-dividendos” em 14 de dezembro de 2023.

O pagamento ocorrerá em moeda corrente nacional no dia 28 de dezembro de 2023. Segundo a Copasa, não haverá atualização e juros sobre os dividendos extraordinários.

Zema diz concordar com federalização de estatais

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), afirmou em 22 de novembro que concorda com a ideia de federalizar ativos do estado como forma de pagamento da dívida mineira com a União. Na época, Zema se reuniu com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para tratar sobre a possibilidade de uma negociação direta com o Governo Federal.

Além disso, Zema se encaminhou para encontrar o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT). Quando questionado pela imprensa sobre as tratativas com Pacheco, o governador mineiro afirmou que ‘está de acordo’ com o repasse de ativos mineiros, como Cemig (CMIG4) e Copasa (CSMG3) à União.

A federalização de empresas estatais estaduais mineiras faz parte de projeto costurado por Pacheco junto a deputados estaduais e ministros do governo Lula para sanar a dívida mineira com o governo, que hoje gira na casa de cerca de R$ 160 bilhões.

Sob efeito de liminar do STF (Supremo Tribunal Federal), o estado de Minas Gerais não pagou a dívida com a União nos últimos cinco anos. O efeito da medida se encerra ao fim de 2023, com isso, o governo Zema corre contra o tempo para evitar que parcelas pesadas dos débitos comecem a sair dos cofres mineiros a partir de janeiro.