O presidente da Copel (CPLE6), Daniel Slaviero, afirmou nesta segunda-feira (28) à coluna do “Broadcast” que o processo de venda da companhia deve ocorrer no segundo semestre de 2023. O prazo faz parte do cronograma do governo do Paraná.
Segundo Slaviero, o governo paranaense vai começar a negociar com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), acionista da Copel, a venda conjunta.
No processo de privatização da companhia, será feita uma oferta pública de distribuição secundária. Além disso, na oferta também podem entrar certificados de depósitos de ações (units).
Segundo a empresa elétrica, o modelo de governança estudado no âmbito da privatização prevê que, após a operação, o Estado do Paraná siga com ao menos 15% do capital social e 10% do poder de voto.
Nesta segunda-feira (28), por volta das 15:25 (de Brasília), os papéis da Copel caíam 0,86%, cotados a R$ 8,10.
Copel (CPLE6): projeto da privatização é aprovado no legislativo
A Assembleia Legislativa do Paraná aprovou na última quinta-feira (24) a proposta do governo paranaense de privatizar a Copel (CPLE6), tornando-a uma companhia de capital disperso e sem acionista controlador. O estado do Paraná havia revelado seus planos de se desfazer do controle da elétrica na última segunda-feira (21).
Na ocasião, o comunicado apontava que o modelo de governança em estudo prevê que, uma vez implementada a operação, o Estado do Paraná permaneça com participação relevante não inferior a 15% do capital social total da Copel e 10% do capital votante. Atualmente, o Estado do Paraná detém 69,7% das ações ordinárias e 31,1% do capital total.
O projeto de lei 493/2022, que iniciou seu processo de votação na quarta-feira (23), foi aprovado em segunda votação sobre o tema nesta quinta-feira por 35 votos favoráveis, contra 13 contrários.
Logo após foi realizada uma terceira votação, sobre a redação final do texto. Foram contabilizados 38 votos favoráveis e 13 contrários.
A proposta segue agora à sanção do governador Ratinho Junior (PSD). Então, a modelagem do negócio será submetida ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) do Paraná.