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Copel (CPLE6): venda da Compagas deve ser concluída no início de 2024

Avaliada em mais de R$ 2 bilhões, a Compagas atrai o interesse de empresas do Brasil e do exterior

A venda da concessionária de distribuição de gás natural Compagas pela Copel (CPLE6) deve ser concluída nos primeiros meses de 2024, segundo informações do jornal “Estado de S.Paulo”.

Avaliada em mais de R$ 2 bilhões, a Compagas atrai o interesse de empresas do Brasil e do exterior, como o Grupo Infra e a colombiana Promigas.

Além delas, há a possibilidade de a Commit, da Cosan, e a japonesa Mitsui, que já são sócias no ativo, com 24,5% cada, exercerem direito de preferência para comprar a fatia da Copel, de 51%.

De acordo com uma pessoa próxima às negociações, existe a possibilidade de que tanto Cosan quanto Mitsui façam um acordo para aumentar suas participações na empresa – que tem concessão para fornecimento de gás no Estado do Paraná.

Um acordo, contudo, dependeria de uma harmonização de “interesses distintos nesse processo”.

O primeiro passo para destravar o negócio foi dado no fim de setembro, quando a XP foi contratada para liderar a venda da participação da Copel na empresa.

Durante o evento Copel Day, com investidores e analistas, o diretor-presidente da empresa, Daniel Slaviero, disse que as propostas vinculantes para o ativo deveriam ser entregues neste mês, para garantir a conclusão do negócio já no início de 2024.

“Estamos sendo muito ágeis nas operações de desinvestimentos”, disse o executivo.

Copel pode pagar mais dividendos em 2024, avalia BTG

Em relatório recente sobre as ações da Copel, analistas do BTG Pactual (BPAC11) escreveram que a venda da UTE Araucária passou a ser um fator positivo. Na visão deles, a companhia elétrica poderá pagar mais proventos em 2024 com o negócio.

Segundo o BTG, a transação implicou um um valuation da UTE (100%) de R$ 358 milhões (set/23), que, considerando sua dívida líquida de R$ 37 milhões, se traduz em um enterprise value (Valor da Empresa) de R$ 395 milhões, representando R$ 291 milhões pela participação da Copel.

“Considerando o valor patrimonial de R$ 291 milhões da participação da Copel, a transação gera R$ 420 milhões em Valor Presente Líquido para a Copel (ou R$ 0,14 por ação). Além disso, o book value da UEGA foi de R$ 47 milhões no 3T23, ou seja, a transação deve gerar cerca de R$ 300 milhões em ganhos extraordinários (antes de impostos) no 1T24, potencialmente traduzindo-se em maiores dividendos“, pontuou o banco.

Os analistas do BTG recomendam a compra das ações da Copel, estipulando um preço-alvo de R$ 12.