A agenda da semana promete ser turbulenta. Após a eliminação do Brasil na Copa do Mundo, os pregões da B3 prometem retomar a normalidade de olho no noticiário político. Já na segunda-feira (12), o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e seu vice, Geraldo Alckmin (PSB), serão diplomados pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Os próximos dias também devem ser marcados por articulações para que a PEC da Transição seja aprovada na Câmara dos Deputados.
Na terça-feira (13), o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) irá divulgar a pesquisa mensal de serviços. O consenso Refinitiv projeta uma contração de 1% em outubro na comparação com setembro, mas crescimento de 9,6% em bases anuais.
Ainda na terça-feira, o Banco Central irá divulgar a Ata do Copom, referente à reunião da semana passada, em que a Selic foi mais uma vez mantida em 13,75% ao ano.
Na quarta-feira (14), o STF (Supremo Tribunal Federal) retoma o julgamento sobre a constitucionalidade do chamado orçamento secreto. Este é considerado um dos principais entraves à aprovação da PEC na Câmara.
Na quinta-feira (15), para finalizar a agenda nacional, o BC vai divulgar o relatório trimestral de inflação e sua proxy do PIB (Produto Interno Bruto).
Fed será protagonista da semana
No exterior, o Fed (Federal Reserve, o Banco Central dos EUA) começará seu encontro na terça-feira (13) e, na quarta (14), anunciará sua decisão sobre a taxa de juros. De acordo com o monitor de juros do CME Group, quase 80% do mercado aposta em uma alta de 50 pontos-base nos juros. Assim, o Fed desaceleraria o ritmo de aperto monetário.
Antes da decisão do Fed, o Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) será divulgado na segunda-feira (12). O consenso Refinitiv projeta uma alta de 0,3% para o indicador de inflação em novembro, na comparação com outubro.
Na quinta-feira, o Banco Central Europeu e o Banco Central da Inglaterra irão anunciar novas altas nas taxas de juros. É esperado que a autoridade monetária da zona do euro também desacelera o ritmo de aperto monetário, com um ajuste de 50 pontos base.