A Cosan (CSAN3) comunicou que vai lançar sua 7ª emissão de debêntures simples, no valor de R$ 1,65 bilhão. A expectativa é que a liquidação ocorra na sexta-feira (29), conforme o cronograma da operação.
A distribuição será em série única, com data de emissão em 22 de setembro de 2023 e vencimento em 26 de junho de 2030. Serão emitidas 16,5 milhões de debêntures com valor unitário nominal de R$ 100.
A remuneração dos títulos será de 16,04% ao ano para o primeiro período de capitalização e de 8,02% para o segundo.
Os recursos líquidos obtidos com a emissão serão destinados para a gestão ordinária de seus negócios, informou a Cosan em comunicado ao mercado divulgado há pouco.
Cosan reverte prejuízo em lucro líquido no 2T23
Em agosto, a Cosan comunicou ao mercado os resultados do segundo trimestre de 2023. A companhia reportou um lucro líquido de R$ 145,2 milhões, conseguindo reverter o prejuízo de R$ 178,6 milhões do mesmo período do ano passado.
Nesse sentido, a recuperação do prejuízo da Cosan se dá mesmo com uma queda de 19,4% da sua receita líquida, que foi de R$ 34,4 bilhões. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) na primeira empresa, de ferrovias, avançou 20,9% no ano, chegando a R$ 1,4 bilhão.
Na Compass, de gás e energia, a alta foi de 10,3%, para R$ 968,2 milhões, e na Moove, de lubrificantes e óleos básico, o crescimento do Ebitda foi de 30,3%, chegando a R$ 302,4 milhões.
A Raízen (RAIZ4), onde a Cosan detém 50% de participação, reportou o seu pior desempenho com o etanol perdendo competitividade frente à gasolina e ao diesel russo, o que levou a receita a recuar 26%, para R$ 48,8 bilhões, e o Ebitda em 44,8%, para R$ 1,6 bilhão.
Por outro lado, a Rumo (RAIL3), Compass e Moove, outras subsidiárias da Cosan, no entanto, registraram melhor desempenho operacional.
“Na Rumo, o resultado foi impulsionado pela expansão dos volumes transportados e da tarifa média consolidada, refletindo a competitividade do modal ferroviário. Na Compass, o mix mais rico com o crescimento dos segmentos residencial e comercial compensou a queda de volume industrial no trimestre. O crescimento da Moove foi alavancado pelo maior volume e melhor mix de produtos vendidos em todos os mercados”, explica a companhia no documento publicado na noite desta segunda-feira (14).