A Cosan (CSAN3) encerrou o segundo trimestre de 2024 com prejuízo líquido de R$ 227 milhões, o que representa uma queda de 78% na comparação com o mesmo período do ano anterior. As perdas são maiores se comparadas com os R$ 192 milhões negativos do trimestre anterior.
Segundo a Cosan (CSAN3), o prejuízo foi decorrente do impacto não recorrente de impairment na subsidiária Rumo.
O volume perdido na comparação anual foi menor, por sua vez, o que levou a companhia a apontar como justificativa a maior contribuição dos negócios via equivalência patrimonial.
“Os negócios apresentaram indicadores trimestrais em linha com o planejamento para o ano”, afirmou a Cosan em seu balanço.
O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) somou R$ 2,370 bilhões no período, o que representa um recuo de 22% na comparação anual e queda de 19% na relação trimestral.
Já o Ebitda sob gestão foi de R$ 7,1 bilhões no período, alta de 14,5% sobre igual período do ano anterior, mas 1% menor na relação trimestral.
A receita líquida, por sua vez, totalizou R$ 10,694 bilhões, aumento de 6% ante o apurado um ano antes. Na comparação com os três meses anteriores, o resultado é 9% maior.
Ainda em seu balanço, a Cosan comentou que o segundo trimestre de 2024 foi marcado pela complexidade no cenário macro, pautada por forte volatilidade nos indicadores econômicos e alta nas taxas futuras de juros.
“Seguimos comprometidos com a otimização da alocação de capital pela Cosan e pelos negócios do portfólio, ao mesmo tempo que mantivemos o foco dos times na execução das operações e projetos estratégicos”, informou a Cosan.
Cosan (CSAN3) pagou mais do que deveria por empresa da Copel (CPLE6), diz Citi
A Cosan (CSAN3) anunciou recentemente que adquiriu 51% da distribuidora de gás Compagas da Copel (CPLE6) por R$ 906 milhões. Na avaliação do Citi (CTGP34), a transação foi realizada com preço muito acima do que deveria, mas isso não deve se tornar um problema.
A aquisição da Cosan (CSAN3) foi feita por meio de sua subsidiária Compass. A Companhia Paraense de Energia (Copel), que era detentora da Compagas, também deve ser beneficiada pela operação.
O banco também apontou que o negócio trata da compra de um ativo “premium” e com alto potencial de crescimento.
Para a Compass, o banco não prevê impactos significativos na alavancagem, uma vez que 40% do pagamento será realizado no fechamento do negócio, 30% em 2025 e os demais 30% no final de 2026.
Em relatórios, os analistas do Citi estimaram, segundo o “Valor”, que o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da Compass pode dobrar entre dois e três anos.