A Cosan (CSAN3) anunciou nesta sexta-feira (11) seu balanço do terceiro trimestre. A companhia reportou um prejuízo líquido contábil de R$ 201,9 milhões entre julho e setembro, revertendo o lucro de R$ 3,265 bilhões visto no mesmo período do ano anterior.
A empresa ainda somou um lucro líquido ajustado de R$ 265,5 milhões no terceiro trimestre, queda de 50% ante o mesmo período de 2021.
A receita líquida da Cosan ficou em R$ 43,7 bilhões entre julho e setembro, alta de 41% ante o mesmo período de 2021.
Já o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado atingiu R$ 4,105 bilhões no terceiro trimestre, alta de 19,3% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior.
Nesta sexta, as ações da Cosan avançaram 4,26%, cotadas a R$ 18,10.
Cosan (CSAN3) adquire fatia de 4,9% de ações da Vale (VALE3)
A Cosan (CSAN3) anunciou em 7 de outubro que irá adquirir 4,9% das ações ordinárias da Vale (VALE3). Em comunicado ao mercado, a companhia também relatou que pretende aumentar ainda mais sua participação na mineradora e buscará a aprovação imediata do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).
“Até a deliberação do CADE, a Companhia estará exposta a uma posição adicional e exclusivamente financeira de 1,6% do capital social da Vale, contratada por operação de derivativo diversa da utilizada para a aquisição, posição essa que poderá ser convertida em participação direta da VAle após autorização do Cade”, comunicou a Cosan.
De acordo com a companhia, a operação de compra da fatia da mineradora foi financiada por uma combinação de linhas de crédito que incluem a emissão privada de notas comerciais e uma operação de derivativos.
Cosan investiu mais de R$ 1 bi na Janus e Tellus
Além de investir na Vale, a Cosan segue investindo no mercado imobiliário agrícola brasileiro. Em setembro, o grupo anunciou a compra de fatia adicional na Janus Brasil e Tellus Brasil por R$ 1 bilhão.
Na visão dos analistas do BTG Pactual (BPAC11), o novo movimento em gestão de terras reforça a percepção de que a Cosan vê espaço para valorização de ativos e manutenção da demanda.
“Continuamos acreditando que os fundamentos permanecem favoráveis e esperamos que a demanda por terras agrícolas permaneça forte nos próximos anos. Assim, elogiamos novamente a decisão da Cosan de reconstruir sua exposição às terras agrícolas, principalmente considerando a avaliação implícita da aquisição”, escreveram os analistas Thiago Duarte e Pedro Soares, do BTG.
De acordo com a Cosan, Tellus e Janus têm sob administração 431 propriedades rurais no país, com área total de 242,3 mil hectares. Sendo 168,8 mil hectares dedicados ao cultivo de soja, algodão, cana e outras commodities.