A Cosan (CSAN3), comunicou ao mercado na noite desta segunda-feira (14), os resultados do segundo trimestre de 2023 (2T23). A companhia reportou um lucro líquido de R$ 145,2 milhões, conseguindo reverter o prejuízo de R$ 178,6 milhões do mesmo período do ano passado.
Nesse sentido, a recuperação do prejuízo da Cosan se dá mesmo com uma queda de 19,4% da sua receita líquida, que foi de R$ 34,4 bilhões. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) na primeira empresa, de ferrovias, avançou 20,9% no ano, chegando a R$ 1,4 bilhão.
Na Compass, de gás e energia, a alta foi de 10,3%, para R$ 968,2 milhões, e na Moove, de lubrificantes e óleos básico, o crescimento do Ebitda foi de 30,3%, chegando a R$ 302,4 milhões.
A Raízen (RAIZ4), onde a Cosan detém 50% de participação, reportou o seu pior desempenho com o etanol perdendo competitividade frente à gasolina e ao diesel russo, o que levou a receita a recuar 26%, para R$ 48,8 bilhões, e o Ebitda em 44,8%, para R$ 1,6 bilhão.
Por outro lado, a Rumo (RAIL3), Compass e Moove, outras subsidiárias da Cosan, no entanto, registraram melhor desempenho operacional.
“Na Rumo, o resultado foi impulsionado pela expansão dos volumes transportados e da tarifa média consolidada, refletindo a competitividade do modal ferroviário. Na Compass, o mix mais rico com o crescimento dos segmentos residencial e comercial compensou a queda de volume industrial no trimestre. O crescimento da Moove foi alavancado pelo maior volume e melhor mix de produtos vendidos em todos os mercados”, explica a companhia no documento publicado na noite desta segunda-feira (14).
Outros dados da Cosan
Por fim, na Cosan Investimentos, o Ebitda saltou 66,3%, chegando a R$ 174,2 milhões. “Tendo como o principal componente o segmento de Terras, a valorização do portfólio de propriedades agrícolas, somada ao aumento das receitas com arrendamentos, contribuiu positivamente para o resultado”, mencionam.
Do outro lado, a Cosan registrou despesas gerais e administrativas de R$ 83,9 milhões, com alta de 20,6% na base anual, em função da outorga de um novo plano de remuneração de longo prazo no início do ano, além da inflação no período, em linha com o esperado para o ano. As outras despesas operacionais totalizaram R$ 21 milhões, compostas principalmente por despesas jurídicas e
contingências tributárias.
“O custo da dívida bruta no trimestre reduziu para R$ 455 milhões, impactado principalmente pela melhora em R$ 336 milhões dos Perpetual Notes, em função da valorização do real frente ao dólar. O rendimento de aplicações financeiras seguiu em linha, reflexo da manutenção da taxa Selic e da posição de caixa médio. A marcação a mercado do Total Return Swap (TRS) foi positiva em R$ 84 milhões, aumento de R$ 579 milhões devido à valorização no preço das ações”, explica a Cosan.