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Cosan (CSAN3) planeja vender ações da Vale em leilão na bolsa

O objetivo é reduzir a alavancagem da empresa, com a expectativa de que a operação gire R$ 10 bilhões

Cosan planeja vender ações da Vale
Foto: Cosan / Divulgação

A Cosan (CSAN3) está se preparando para vender suas ações da Vale (VALE3) em bloco por meio de um leilão da bolsa nesta quinta-feira (16), como apurou o “Valor”. Segundo fontes consultadas pelo jornal, o objetivo é reduzir a alavancagem da empresa, com a expectativa de que a operação gire R$ 10 bilhões.

O plano da Cosan é de que a venda ocorra ainda nesta quinta-feira (16), mas pode ser que operação ocorra até o início da semana que vem, disseram fontes ao “Valor”.

Nesta quinta-feira (16), os bancos colocaram ofertas no processo de concorrência para executar a venda. Nesse tipo de processo, a instituição que ganha costuma fazer uma garantia de preço para a empresa.

Em 2022, a Cosan já chegou a deter 4,9% das ações da Vale, mas vendeu parte delas e atualmente tem cerca de 4% de participação na companhia. Com a venda, a empresa espera zerar o investimento, segundo o “Valor”. O jornal procurou a Cosan, que não se manifestou até o momento.

Vale (VALE3) deve passar por novo começo em 2025, avalia BTG

Vale (VALE3) deve limpar pendências e passar por um recomeço em 2025, avaliou o BTG em relatório publicado nesta quinta-feira (2). Porém, o banco continua com recomendação neutra para a ação da companhia, com preço-alvo de US$ 11.

Os analistas veem desenvolvimento favorável, mas ainda com necessidade de cautela, com pressão sobre o fluxo de caixa de curto prazo e potencial de retorno de caixa relativamente baixo em 2025, de 5% a 7%.

As perspectivas positivas para a empresa são o aumento dos volumes de minério de ferro, o acordo da Samarco e a resolução das renegociações de concessões ferroviárias.

Por outro lado, há riscos relacionados às perspectivas pessimistas para a China, mesmo com os estímulos do país à sua economia. De acordo com o relatório, isso aumenta “a pressão em todo o complexo siderúrgico e cria uma significativa sobrecarga para os preços do minério de ferro”.

“Prevemos novas revisões negativas para a empresa no horizonte de 2025, à medida que os investidores assinalam ao mercado um ambiente de preços do minério de ferro materialmente mais fraco”, acrescentaram os analistas, no relatório.