As ações do Credit Suisse deram um salto de 40% na bolsa, nesta quinta-feira (16), após o Banco Nacional da Suiça dar carta verde para um possível empréstimo de até US$ 50 bilhões. Os papeis do banco voltaram a subir após a maior queda da história no dia anterior, quando caíram 24,4% e custavam menos que uma barra de chocolate.
Além do empréstimo oficial, o Credit Suisse também anunciou uma série de operações de recompra de títulos da dívida por quase 3 bilhões de francos suíços (US$ 3,22 bilhões). O Credit já informou que fará o empréstimo junto ao banco central afim de fortalecer a liquidez. O banco central suiço afirmou, na quarta-feira (16), após o fechamento da bolsa europeia, que o Credit tinha uma linha de crédito à sua disposição, pois se enquadrava nos requisitos.
No Brasil, a avaliação de analistas é que a turbulência pode levar a uma queda antecipada da taxa de básica de juros, a Selic, que está em 13,75% ao ano.
Credit Suisse recebe ajuda de US$ 54 bilhões para evitar crise global
O Credit Suisse anunciou, nesta quinta-feira (16), que fará um empréstimo junto ao banco central da Suiça de até 54 bilhões de dólares. A medida chega para reforçar a liquidez e a confiança dos investidores, depois que a queda em suas ações intensificou os temores sobre uma crise bancária global.
Esta é a primeira vez que um grande banco global recebe ajuda emergencial desde a crise financeira de 2008.
O segundo maior banco da Suíça disse que exercerá uma opção de empréstimo de até 50 bilhões de francos suíços (54 bilhões de dólares) junto ao banco central. A ação se tornou possível depois que as autoridades da Suiça garantiram que o Credit atendeu “aos requisitos de capital e liquidez impostos a bancos sistemicamente importantes” e de que ele poderia acessar a liquidez do banco central.
Especialistas acreditam que as medidas darão tempo ao credor suíço para realizar sua reestruturação.
Enquanto suas ações se recuperavam, o custo de segurar a exposição à dívida do Credit Suisse despencou. Os credit default swaps (CDS) de cinco anos caíram 128 pontos-base, para 1.016 pontos-base desde o fechamento de quarta-feira, após atingirem máximas recordes naquele dia.