Credit Suisse fecha em alta de 19,15% na Bolsa de Zurique

Os ativos do Credit Suisse fecharam em alta de 19,15%, a 2,02 francos suíços, na Bolsa de Zurique

A ação do Credit Suisse registrou fortes ganhos na sessão desta quinta-feira (16), impulsionando os papéis de outras empresas do setor bancário, após receber o apoio do Banco Central da Suíça. Os ativos fecharam em alta de 19,15%, a 2,02 francos suíços, na Bolsa de Zurique. 

 

O resultado vem após uma queda brusca na quarta (15), quando o banco fechou com queda de mais de 24% após o Saudi National Bank (SNB), da Arábia Saudita e principal acionista do Credit Suisse, afastar a hipótese de oferecer mais assistência financeira à instituição.

 

Na manhã de hoje, o banco anunciou que fará um empréstimo junto ao Banco Central da Suiça de até 54 bilhões de dólares. A medida chega para reforçar a liquidez e a confiança dos investidores, depois que a queda em suas ações intensificou os temores sobre uma crise bancária global. 

 

Após o anúncio de ajuda financeira, as ações do Credit Suisse deram um salto de 40% na bolsa e ajudou a reverter algumas das pesadas perdas nas bolsas de valores. Esta é a primeira vez que um grande banco global recebe ajuda emergencial desde a crise financeira de 2008. 

 

O empréstimo se tornou possível depois que as autoridades da Suiça garantiram que o Credit atendeu “aos requisitos de capital e liquidez impostos a bancos sistemicamente importantes” e de que ele poderia acessar a liquidez do banco central.

 

Especialistas acreditam que as medidas darão tempo ao credor suíço para realizar sua reestruturação.

 

Equipe econômica monitora crise no Credit Suisse

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse, em rápida conversa com jornalistas nesta quarta-feira (15), que a equipe econômica está acompanhando os desdobramentos da crise no banco Credit Suisse, que afeta o mercado financeiro de todo o planeta. Haddad informou que ele e a equipe estão em contato com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, para avaliar possíveis impactos sobre o Brasil.

 

Na terça (14), a instituição financeira suíça revelou ter identificado “debilidades significativas” em seus procedimentos de contabilidade e de controle nos últimos dois anos, o que levou à queda das ações. As bolsas europeias tiveram o pior dia em um ano.

 

As turbulências no Credit Suisse ocorrem dias após dois o Silicon Valey Bank (SVB) e o Signature Bank, ligados a startups do setor tecnológico falirem, o que tem gerado instabilidade no mercado financeiro desde o fim da semana passada.