O Credit Suisse elevou a recomendação para os papéis da BRF (BRFS3), indo de neutra para outperform (acima da média do mercado). Houve um aumento no preço-alvo de R$ 22 para R$ 30, o que corresponde a uma valorização de 33,8% em relação ao fechamento da véspera.
A projeção do banco é para um aumento de 14% para 2021 e de 20% para 2022, com uma estimativa de Ebitda (lucro antes de juros, depreciação e amortização) de R$ 5,3 bilhões e R$ 6 bilhões também para 2021 e 2022, respectivamente. A instituição espera um custo de capital de 13%.
“Acreditamos que o cenário para grãos ainda deve ser desafiador e nossos canais de monitoramento indicam para preços ainda esticados”, destaca o analista Victor Saragiotto, de acordo com o InfoMoney.
Além disso, o valuation de 6 vezes o valor da empresa sobre o Ebitda (EV/Ebitda) tem chamado atenção do Credit Suisse, que destaca que a empresa aparece como uma com uma das companhias com o preço mais descontado no setor.
“A dinâmica de resultado deve melhorar e vale ressaltar que, apesar da pressão de custos, a gestão conseguiu entregar um resultado expressivo nos últimos 12 meses. O Ebitda ajustado de quase R$ 5,5 bilhões com 12% de margem merece uma menção positiva e acabou sendo suportado pelo crescimento de receita de 24%, para R$ 46 bilhões”, disse o relatório.