O Credit Suisse anunciou que voltou a lucrar no primeiro trimestre do ano. O cancelamento do de bilhões de francos suíços em títulos AT1 como parte da aquisição do banco suíço pelo UBS ajudou o banco a divulgar um resultado positivo, no que pode ser o último balanço de seus 167 anos de história.
O lucro líquido do Credit chegou a 12,43 bilhões de francos suíços contra os 273 milhões negativos do período do ano passado. A receita mais do que triplicou, a 18,47 bilhões de francos suíços. O banco ainda informou que teve um prejuízo de 67 bilhões de francos suíços nos depósitos de clientes entre janeiro e março. Em março, títulos AT1 do Credit Suisse com valor equivalente a US$ 17,3 bilhões foram cancelados como parte do resgate do banco pelo UBS.
O Credit divulgou os resultados do trimestre no momento em que está em processo que será assumido pelo também banco suíço, o UBS. A operação de emergência teve como objetivo restaurar a confiança no sistema bancário global, após a quebra do SVB nos EUA e os problemas já enfrentados pelo Credit.
Credit Suisse: investidores questionam fim de US$ 17 bi em dívidas
Investidores do Credit Suisse questionam na Justiça da Suíça a decisão de reguladores locais do cancelamento de US$ 17 bilhões (mais de R$ 85 bilhões) em dívidas dos CoCo bonds, como parte da aquisição do banco pelo rival UBS no mês passado. As informações são do Infomoney.
Com a medida, US$ 17 bilhões em títulos arriscados do banco suíço passaram a não valer nada. Conhecidos como CoCo bonds (contingent convertible bonds), os títulos adicionais de nível 1 (AT1) foram introduzidos na Europa após a crise financeira global de 2008 para servir como “amortecedores” quando os bancos começam a quebrar.
Investidores que detêm cerca de 4,5 bilhões em francos suíços (mais de US$ 5 bilhões ou R$ 25 bilhões) da dívida cancelada do Credit Suisse querem que a decisão seja revogada ou alterada, segundo esboço de recurso apresentado a um tribunal administrativo suíço, ao qual o The Wall Street Journal teve acesso.