O Credit Suisse foi condenado por um tribunal de Cingapura a compensar o ex-primeiro-ministro da Geórgia. Embora o julgamento não tenha declarado o valor exato dos danos a serem pagos, as cifras devem girar em torno das centenas de milhões de dólares. Cabe recurso da decisão.
O Credit Suisse Trust Limited falhou em salvaguardar os ativos mantidos no fundo e, portanto, violou seu dever para com os demandantes, que incluem o magnata e político georgiano Bidzina Ivanishvili, de acordo com um julgamento nesta sexta-feira (26). As informações são do jornal “Valor Econômico”.
As perdas totalizaram US$ 926 milhões com base no cálculo de algumas negociações da carteira do fundo, disse a Justiça. No entanto, a compensação final pode mudar, uma vez que um tribunal das Bermudas concedeu a Ivanishvili mais de US$ 600 milhões no ano passado em um caso relacionado e a decisão de Cingapura indicou que os demandantes não teriam reclamações sobre a mesma perda duas vezes.
Isso ainda pode deixar o Credit Suisse sobrecarregado com centenas de milhões de dólares em danos neste caso e aumenta uma conta legal multibilionária que o banco suíço acumulou em um histórico de má conduta. O Credit Suisse está sendo comprado pelo UBS em um negócio que deve ser concluído em breve e responsabilizará o novo dono pelos encargos legais.
“O julgamento publicado hoje está errado e apresenta questões legais muito significativas”, disse uma porta-voz do Credit Suisse. “O Credit Suisse Trust Limited pretende recorrer vigorosamente.”
UBS e Credit Suisse: fusão é aprovada por comissão da UE
Em comunicado emitido na quinta-feira (25), a Comissão Europeia informou a aprovação de forma incondicional a fusão entre os bancos Credit Suisse e o UBS.
Segundo o parecer do órgão executivo da União Europeia, a transação não suscitaria problemas de concorrência no Espaço Econômico Europeu (EEE), que abrange a Suíça, que não é integrante da UE.
Na avaliação da Comissão, “a empresa resultante continuará enfrentando uma notável concorrência da parte de uma ampla gama” de empresas do setor financeiro, “incluindo importantes bancos globais e fortes atores locais” nos Estados-membros do bloco.