Credit Suisse registra saída de US$ 4,4 bilhões de fundos

Fundos europeus do Credit sofreram resgates líquidos de US$ 3,8 bi, enquanto os fundos nos EUA registraram saída de US$ 575 mi

 

Os fundos do Credit Suisse sofreram resgate bilionário desde quando o banco foi adquirido pelo UBS no mês passado. De acordo com o Bloomberg, com base em levantamento da Morningstar, a saída foi de US$ 4.4 bilhões de clientes nos EUA e Europa, mas fluxos positivos recentes sugerem que o pior da sangria já pode ter passado, 

Os fundos europeus do Credit Suisse sofreram resgates líquidos de US$ 3,8 bilhões entre 20 de março e 6 de abril, enquanto os fundos nos EUA registraram saída de US$ 575 milhões. Os números só dizem respeito a fundos que divulgam números diários, e não representam o total de ativos sob gestão do banco suiço. 

As saídas mostram o desafio de reter clientes depois que o UBS concordou em adquirir seu rival em uma transação de emergência orquestrada pelo governo suíço. O presidente do UBS, Colm Kelleher, disse que provavelmente levará meses para fechar o negócio, e até quatro anos para concluir a integração.

UBS tenta convencer investidores que compra do Credit pode compensar

No útima dia 5, executivos do UBS tentaram convercer os investidores do banco que a aquisição de emergência do Credit Suisse pode funcionar e compesar os acionistas. 

O  presidente Colm Kelleher chamou de marco para a indústria e um grande desafio para o banco, o maior resgate bancário desde a crise financeira global de 2008, ele disse aos acionistas do UBS que também significa “um novo começo e grandes oportunidades à frente para o banco combinado e para o centro financeiro suíço como um todo”.

No mês passado, as autoridades suíças anunciaram a compra do Credit Suisse pelo UBS em uma fusão forçada para conter mais turbulências no setor depois que o banco suíço chegou à beira do colapso.

Depois de uma corrida aos depósitos do banco, o governo suíço recorreu ao UBS, que comprou o Credit Suisse por 3 bilhões de francos suíços (3,3 bilhões de dólares), enquanto o país ofereceu mais de 200 bilhões de francos em apoio e garantias.

Kelleher disse no encontro de acionistas do banco na Basileia que o UBS está confiante em sua capacidade de administrar com sucesso a integração do Credit Suisse. “Acreditamos que a transação é financeiramente atraente para os acionistas do UBS”, disse ele.

O resgate organizado às pressas não apenas irritou e incomodou os acionistas de ambos os bancos, mas também muitos na Suíça.

Uma pesquisa da gfs.bern identificou que a maioria dos suíços não apoia o acordo que criará uma instituição financeira com ativos com o dobro do tamanho da produção econômica anual do país.