Mercado

Credit Suisse: UBS paga US$ 600 mi em novo custo após compra

Após compra do banco pelo UBS, gerou um ganho grande para a gestora de ativos Apollo Global Management

A aquisição do Credit Suisse (CSGN) pelo UBS gerou um ganho grande para a gestora de ativos Apollo Global Management. Isso porque antes do negócio em março, o Credit havia concordado em vender a maior parte de seus produtos securitizados, considerados um de seus ativos mais valiosos, para a Apollo. 

Nesse sentido, o acordo, que foi fechado em novembro, fazia parte da estratégia do Credit Suisse de se transformar em um banco mais enxuto e com menor exposição a riscos.

Além disso, o banco ainda contratou a Apollo para gerenciar uma parcela dos ativos que manteve.

Nesta sexta-feira (29), o Credit comunicou que o encerramento de “certos acordos de gerenciamento” terá um custo de até US$ 600 milhões. Os custos estão relacionados a rever o contrato e pagar a Apollo uma soma, afirma uma fonte ligada ao assunto.

O Credit também planeja se desfazer de alguns portfólios de empréstimos que não estão alinhados com o núcleo de seus negócios, com uma perda prevista de US$ 1,6 bilhão no terceiro trimestre (3T23), de acordo com informações divulgadas pelo banco.

Entretanto, ainda não está claro como os US$ 2,2 bilhões atingirão o UBS. Em agosto, o banco havia comunicado que antecipava um lucro subjacente antes de impostos próximo do ponto de equilíbrio no terceiro trimestre deste ano.

UBS volta a vender gestora de FIIs no Brasil

O banco suíço UBS retomou a venda da Credit Suisse Hedging-Griffo (CSHG), gestora de fundos imobiliários controlada pelo Credit Suisse no Brasil, segundo fontes ouvidas pelo Brazil Journal. Essa decisão faz parte dos esforços do UBS para simplificar a operação brasileira após a fusão dos dois bancos ocorrida em março deste ano.

Os fundos imobiliários da CSHG têm um patrimônio líquido combinado de mais de R$ 10 bilhões. Um exemplo é o HGLG11, maior fundo de logística em número de cotistas, que soma R$ 3,6 bilhões e conta com 365 mil cotistas. Recentemente, a carteira realizou uma nova emissão de cotas, captando mais de R$ 1,5 bilhão, a maior do ano, de acordo com a Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

O processo de venda da CSHG será liderado pelo UBS BB, que já está em conversas com potenciais interessados, conforme informações do portal Brazil Journal. Em outubro de 2022, durante a crise de confiança do Credit Suisse, a CSHG divulgou um comunicado afirmando que os bens e direitos dos fundos imobiliários são segregados e independentes de qualquer instituição, seguindo a lei 8.668/93.