As operações de crédito concentradas nos 4 maiores bancos do Brasil teve queda em 2023, porém segue em uma porcentagem acima de 50%, de acordo com dados do BC (Banco Central).
A Caixa Econômica, o Banco do Brasil (BBAS3), o Itaú Unibanco (ITUB4) e o Bradesco (BBDC4) estiveram à frente de 57,8% das operações de crédito no período. O número foi menor que o registrado em 2022 (58,6%) e 2021 (58,9%).
Em meio a esses resultados, a maior fatia no mercado de crédito pertence à Caixa (19,6%), que cresceu com relação ao ano anterior (19,1%).
Em seguida, o Banco do Brasil tem maior participação, com 16,4%, porcentagem que também aumentou considerando os 16,1% anteriores.
Enquanto isso, o Itaú e o Bradesco viram suas fatias encolherem. No primeiro caso, a porcentagem saiu de 11,9% para 11,5%. No segundo caso, o decréscimo foi de 11,6% para 10,3%.
Além disso, outra queda registrada pelo BC foi com os ativos detidos pelos bancos e depósitos totais. Entre as 4 instituições mencionadas, o recuo foi de 56,0% para 55,3% em ativos totais, e queda de 58,4% para 57,9% em depósitos totais.
Mercado de crédito está desconcentrado, diz BC
O destaque do relatório da autoridade monetária é que o recuo seguiu o padrão dos últimos anos. Na categoria crédito, o mercado foi considerado desconcentrado, fator inédito desde o início da série histórica, em 2016, de acordo com o “Valor”.
“Esse movimento pode ser associado à atuação das instituições não bancárias no mercado de cartão de crédito e de crédito sem consignação, ao passo que as cooperativas de crédito, em 2023, destacaram-se por sua atuação nos mercados de cheque especial e de capital de giro”, consta no documento.
A quantidade de instituições financeiras que oferecem capital de giro, crédito pessoal sem consignação em folha de pagamento e cheque especial também cresceu, indicou o BC.
A concentração nos financiamentos rurais, habitacionais e de infraestrutura, com domínio do crédito direcionado, segue alta, com maior participação dos bancos públicos.