Crescimento de mais de 400%: quanto alguém que investiu no IPO da Méliuz teria hoje?

Oito meses após a abertura de capital, a unicórnio avaliada em R$ 5,7 bilhões já prepara uma oferta subsequente de ações (follow-on).

A Méliuz é uma startup brasileira, criada em 2011, com a proposta de oferecer gratuitamente cupons de descontos em lojas online e devolver ao consumidor, em dinheiro, parte do valor gasto em compras direto na conta bancária, modalidade conhecida como cashback.

A empresa mineira, que reconheceu o potencial de crescimento desse mercado lá no início da década, veio realizar sua capitalização na bolsa só nove anos depois, no dia 05 de novembro de 2020. No momento da abertura de capital, seus papéis valiam apenas R$ 10. Oito meses depois, as ações valorizaram incríveis 440,5%, para R$ 54,05, de acordo com a cotação das 17h de sexta-feira (8).

O que nos desperta a curiosidade: Quanto teria hoje alguém que tivesse investido na startup no momento da oferta inicial de ações?

Levando em consideração um investimento modesto de R$ 1.000, o investidor teria adquirido, na época, 100 ações da Méliuz que, se tivesse guardado, valeriam hoje R$ 5.405. Pensando em valores mais robustos, podemos verificar rendimentos ainda mais impactantes. Com R$ 10 mil iniciais, o investidor teria pouco mais de R$ 54 mil, e assim por diante.

Todo esse crescimento pode ser justificado pela estratégia da companhia em utilizar os recursos captados no IPO para expandir seus negócios. Só neste ano, a Méliuz adquiriu outras quatro empresas. A plataforma de descontos Picodi, foi a primeira delas. 

Em fevereiro, a startup mineira anunciou a compra da plataforma global de marketplace e serviços financeiros Picodi.com, presente em mais de 40 países. Além da presença internacional, a Méliuz mirou nas mais de 12 mil lojas online e 4 milhões de usuários mensais presentes no portfólio da plataforma. 

Desde então o negócio só cresceu e outras empresas foram adquiridas, como a fintech Acesso Bank, o site de comparação de preços de serviços Promobit e a plataforma de comparação de serviços financeiros e de telecomunicações Melhor Plano.

Para além de uma rede que conecta empresas parceiras aos usuários, a Méliuz conseguiu se consolidar no setor de serviços financeiros e despontou como destaque no segmento.

Oportunidades como essa realmente não caem do céu, mas é possível aproveitar se você estiver atento ao mercado. Ainda assim, talvez não seja tarde demais para surfar essa onda, já que a empresa continua com um forte ritmo de crescimento, apostando na diversificação e investindo em tecnologia de ponta.

Nova oferta de ações

Nesta quarta-feira (7), o Conselho de Administração da Méliuz divulgou um fato relevante informando a aprovação de uma oferta restrita de ações que pode movimentar até R$ 1,12 bilhão.

Por seu caráter restrito, apenas investidores profissionais terão acesso à distribuição primária de 7,5 milhões de novos papéis, além da fatia secundária de 6,01 milhões, com possibilidade de aumento em 50%, caso haja demanda.

O vendedor será Ofli Campos Guimarães, fundador e CFO do Méliuz. 

De acordo com a empresa, o capital levantado será destinado para seguir com os planos de ampliação no mercado que atua e para aquisições estratégicas em potencial.

O bookbuilding – processo utilizado para definir um preço justo para as ações – se encerrará no dia 15 de julho e os novos papéis estarão disponíveis na B3 a partir do dia 19.