Titanium Asset

Justiça acusa sócios de gestora da Faria Lima por organização criminosa

Os irmãos Cláudio e Guilherme são acusados de liderar um esquema que captou mais de R$ 1 bi de investidores e induziu órgãos ao erro

Cripto
Cripto / Foto: Pixabay

A Justiça de São Paulo acatou a denúncia do Ministério Público Federal e tornou réus os sócios da gestora de criptoTitanium Asset, Claudio Miguel Miksza Filho e Guilherme Bernert Miksza, por crimes contra o sistema financeiro nacional e organização criminosa.

A gestora de cripto localizada na Faria Lima foi alvo de operação no final de novembro do ano passado e os irmãos Miksza foram indicados em abril deste ano. Eles são acusados de liderar o esquema criminoso.

Segundo as investigações, o negócio faz parte de uma complexa rede de CNPJs que captou de investidores pouco mais de R$ 1 bilhão à margem da lei.

Além disso, a denúncia atesta que os envolvidos induziram investidores e órgãos reguladores ao erro.

Na semana passada, a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) determinou a suspensão de qualquer oferta de valor mobiliário pela Sbaraini Administradora de Capitais, uma das empresas do esquema, e estipulou multa de R$ 50 mil por dia caso em caso de descumprimento.

Os irmãos, segundo a Polícia Federal, teriam relação com Cláudio José de Oliveira, conhecido como “Rei do Bitcoin”. Outras oito pessoas foram citadas no esquema do golpe cripto.

Por fim, o juiz diz que a denúncia e a investigação mostram que há índicios de organização criminosa e lavagem de dinheiro. O magistrado mencionou que a operação empresarial considerada ilegal, iniciada no ano de 2018, chegou ao final de 2023 com cerca de 6 mil clientes e com 18 escritórios de gestão em vários estados.

“Atividades dessa magnitude e com volumes financeiros de grandíssima monta somente conseguem operar com uma clara organização na sua atuação”, disse o juíz. O relatório final de investigação da PF estipula que os valores relacionados à lavagem de dinheiro superam R$ 1 bilhão.

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