A OranjeBTC, sob o ticker OBTC3, faz sua estreia na B3 nesta terça-feira (7), marcando a chegada da primeira empresa do país com 100% do negócio ligado ao Bitcoin (BTC). A empresa vai iniciar suas negociações com 3.675 bitcoins em tesouraria, avaliados em cerca de US$ 457 milhões (R$ 2,4 bilhões).
A empresa vai atuar sobre os pilares de educação e tesouraria.
De um lado, aposta em educação e disseminação do conhecimento sobre a criptomoeda, oferecendo cursos, eventos, publicações e pesquisas sobre a função da moeda digital no sistema financeiro global.
A companhia ainda pretende promover programas educacionais formais e contínuos, abordando finanças, economia, teoria dos jogos, redes e o protocolo Bitcoin, com foco em formação profissional e institucional.
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De outro, a empresa pretende acumular a maior posição corporativa de Bitcoin da América Latina, sob inspiração da americana MicroStrategy, que possui mais de 640 mil bitcoins.
Origem da OranjeBTC
Fundada por Guilherme Gomes, ex-analista da Bridgewater Associates e da Swan Bitcoin, a empresa combina experiência em finanças globais com uma estratégia voltada ao Bitcoin. Gomes afirma ter 100% do próprio portfólio pessoal em BTC, defende uma tese de longo prazo de acumulação e transparência.
A OranjeBTC chegou ao mercado de capitais através de um “IPO reverso”, ao adquirir o controle da Intergraus, um tradicional cursinho pré-vestibular de São Paulo, pertencente ao grupo Bioma Educação, por R$ 15 milhões. Na prática, o modelo permite a entrada na bolsa sem a necessidade de um processo formal de abertura de capital.
O conselho de administração da empresa conta com nomes de destaque no mercado financeiro: Eric Weiss (ex-Morgan Stanley), Fernando Ulrich (economista e autor de Bitcoin: a moeda na era digital) Julio Capua (ex-sócio da XP) e Josh Levine (vice-presidente da BlackRock).
