A MSK Invest, assessoria de criptomoedas, não conseguiu cumprir com os pagamentos devidos a clientes que investiram em moeda digital. Por isso, apresentou um pedido de recuperação judicial.
A companhia de criptomoedas fez um acordo com o Procon-SP em janeiro para ressarcir integralmente os investidores que tiveram os vínculos desfeitos unilateralmente no final do ano passado. Contudo, os pagamentos que já deviam ter iniciado não foram efetuados.
O processo de recuperação judicial com data de 11 abril foi apresentado perante a 3° Vara de Falências do Foro Central de São Paulo e solicita a suspensão de todas as ações e execuções pelo prazo de 180 dias.
A empresa alega que a alta quantidade de processos bloqueando ativos fizeram com que os compromissos acordados não fossem cumpridos.
“A recuperação judicial permite organizar quem tem direito a receber de maneira equânime ao invés de atender quem tem o primeiro acesso a uma liminar. Há mais de 500 ações de arresto e bloqueio por conta dos contratos de investimento com data de pagamento que não foram momentaneamente cumpridos”, afirma o advogado Kaiser Motta Junior, do escritório Motta Advogados, em entrevista ao “Valor”.
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O encerramento de contas usadas pela empresa para operações de curto prazo também contribuiu para a decisão.
“Dado o alto volume, travas bancárias começaram a ser acionadas e as contas encerradas sem justificativa. O dinheiro para pagar a rentabilidade aos investidores existe e estava alocado nessas contas correntes. Com isso, foi criado um enorme obstáculo à movimentação financeira”, afirma Motta Junior ao “Valor”.
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O pedido de recuperação judicial da assessoria de criptomoedas ocorre em segredo de justiça.
