‘Criptomoedas não sobrevivem muito tempo’, diz ex-presidente do BC

Executivo aponta insegurança e volatilidade das criptos.

Para o ex-presidente do Banco Central do Brasil Ilan Goldfajn, as criptomoedas não irão resistir à chegada das moedas digitais do governo (CBDCs, na sigla em inglês). As informações são do Portal do Bitcoin, do UOL.

“Acho que as criptomoedas não sobrevivem muito tempo. E digo isso porque a busca por ativos seguros e de proteção é monumental. Então se você emite uma moeda governamental que é digital e que te dá segurança, não tenho dúvida que isso é ganhador e é detrimental às criptomoedas (privadas)”, disse durante um webinar promovido pelo escritório Mattos Filho Advogados nesta quarta-feira (30).

Para Goldfajn, estes ativos só conseguem sobreviver graças à inércia de estados que não fazem seu papel e não conseguem dar credibilidade ao seu próprio dinheiro.

“Nesse caso, as pessoas tentam fugir da moeda nacional. Mas isso (comportamento) não é algo moderno. Por muito tempo a hiperinflação fez as pessoas irem atrás de dólares físicos”.

No evento, estiveram presentes o atual presidente da autoridade monetária, Roberto Campos Neto, e o vice-diretor geral do Banco de Compensações Internacionais (BIS), Luiz Awazu Pereira.