O Bitcoin registrou um novo recorde nesta terça-feira (11), sendo negociado na casa dos US$ 90 mil, impulsionado pelo otimismo em relação à vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos EUA. O mercado acredita que o novo governo poderá adotar uma postura favorável às criptomoedas, elevando a demanda pela maior moeda digital do mundo.
O preço do Bitcoin chegou a US$ 89.982, uma valorização de cerca de 30% desde 5 de novembro. Na última movimentação, houve uma leve queda de 1,4%, para US$ 86.730.
O crescimento do Bitcoin acompanha o avanço da fortuna de Elon Musk, CEO da Tesla (TSLA34), que viu seu patrimônio aumentar quase 40% desde os resultados das eleições americanas.
Alvin Tan, chefe de estratégia de câmbio para a Ásia na RBC Capital Markets, comentou à Reuters sobre o entusiasmo dos investidores: “Os entusiastas de criptomoedas acreditam que agora têm um presidente com ideias semelhantes”. Ele acrescentou que a falta de uma âncora de valorização para o Bitcoin faz com que a criptomoeda seja impulsionada pelo sentimento do mercado de forma mais acentuada do que outros ativos.
Bitcoin é o ouro das ‘novas gerações’, diz analista após novo recorde
“Em um futuro de desvalorização do dólar, fundos e instituições mais tradicionais passarão a comprar ouro, enquanto as novas gerações vão comprar Bitcoin“, afirmou Sebastián Serrano, CEO e cofundador da Ripio.
A declaração do especialista segue o recente recorde histórico do Bitcoin, que atingiu a marca de US$ 83.800 na segunda-feira (11). O novo patamar da principal criptomoeda do mercado reflete o otimismo em torno dos ativos digitais, especialmente em meio às eleições norte-americanas e à reeleição de Donald Trump. Outras criptomoedas, como o Ethereum, também se beneficiaram do movimento positivo.
Segundo Serrano, as novas gerações enxergam o Bitcoin como uma alternativa ao ouro. O ativo digital é visto não só como um investimento, mas também como uma forma de proteção em um cenário de instabilidade cambial e inflação.