Emissão será reduzida pela metade

Bitcoin (BTC): é hora de comprar com a chegada do ‘halving’?

Seguindo a regra da oferta e demanda, com a redução da emissão, é esperado que o criptoativo seja valorizado e o preço aumente.

Foto: Freepik
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Com a chegada do halving do Bitcoin (BTC), a regra parece clara: “quem tem, tem; quem não tem, só comprando de quem tem”, como disse o economista investidor da Corano Capital, Bruno Corano.

O halving ocorre entre 19 e 20 de abril e vai reduzir a emissão da Bitcoin (BTC) pela metade. O evento programado acontece a cada 210 mil blocos minerados, correspondendo a cerca de quatro anos.

“Originalmente, a recompensa por bloco era de 50 bitcoins, mas após o primeiro halving em 2012, foi reduzida para 25 bitcoins. Após o segundo halving em 2016, foi reduzida para 12,5 bitcoins. O terceiro halving ocorreu em maio de 2020, reduzindo a recompensa para 6,25 bitcoins por bloco”, explicou o vice-presidente do Conselho da Ibri, André Vasconcellos.

Seguindo a regra da oferta e demanda, com a redução da emissão, é esperado que o criptoativo seja valorizado e, consequentemente, o preço aumente. Nessa perspectiva, essa seria a melhor hora de comprar, mas nem todos os analistas pensam dessa forma, especialmente por conta de fatores externos.

“Anteriormente, negligenciamos variáveis enquanto discutíamos a lei da oferta e demanda. No entanto, na vida real, esses fatores externos têm um impacto significativo no preço do Bitcoin, assim como têm em todos os ativos financeiros”, pontuou Günay Caymaz, analista do Investing.

Além disso, ele declara que “embora exista uma alta probabilidade de que o halving tenha um efeito positivo sobre o preço do Bitcoin, não seria correto fazer uma afirmação definitiva sobre o timing”.

“No entanto, investir em um ativo financeiro como o Bitcoin, cuja demanda aumenta a cada período e a oferta diminui, será uma decisão mais apropriada a médio e longo prazo”, acrescenta o analista.

Nessa mesma perspectiva, Günay Caymaz, analista do Investing, também entende que um dos maiores impulsionadores do preço pode ser a demanda, independentemente da oferta.

“Então, embora evitar o risco esteja em primeiro plano durante este período, não acredito que o próximo halving afetará significativamente o preço a curto prazo. No entanto, manter Bitcoin na carteira de um investidor durante este período de demanda especialmente alta […] pode gerar resultados”, declara Caymaz.

O halving reduz emissão de bitcoin

O objetivo do halving é controlar a oferta de novos bitcoins que entram em circulação, tornando o processo de mineração mais rígido e limitando o número do ativo em circulação.

“Isso faz parte do design do Bitcoin para ser um recurso deflacionário, com um suprimento limitado de 21 milhões de bitcoins”, explica André Vasconcellos, vice-presidente do Conselho do Ibri.

No pregão da última quarta-feira (17), por volta das 13h42 (horário de Brasília), a criptomoeda recuou cerca de 4,75%, cotada a US$ 60.256,27. A informação é do “Money Times”. Já na quinta-feira (18), o ativo encerrou a sessão com uma leve queda de 0,81%.

A queda e a flutuação do preço do BTC já eram esperadas por economistas entendidos do assunto, incluindo Vasconcellos, que deixa explícito que o halving é um evento significativo no ecossistema do ativo.

O primeiro halving ocorreu em 28 de novembro de 2012, e a emissão caiu de 50 para 25 BTC.

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