US$ 83 mil

Bitcoin é o ouro das ‘novas gerações’, diz analista após novo recorde

O ativo digital é visto não só como um investimento, mas também como uma forma de proteção em um cenário de instabilidade

Foto: Freepik
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“Em um futuro de desvalorização do dólar, fundos e instituições mais tradicionais passarão a comprar ouro, enquanto as novas gerações vão comprar Bitcoin“, afirmou Sebastián Serrano, CEO e cofundador da Ripio.

A declaração do especialista segue o recente recorde histórico do Bitcoin, que atingiu a marca de US$ 83.800 nesta segunda-feira (11). O novo patamar da principal criptomoeda do mercado reflete o otimismo em torno dos ativos digitais, especialmente em meio às eleições norte-americanas e à reeleição de Donald Trump. Outras criptomoedas, como o Ethereum, também se beneficiaram do movimento positivo.

Segundo Serrano, as novas gerações enxergam o Bitcoin como uma alternativa ao ouro. O ativo digital é visto não só como um investimento, mas também como uma forma de proteção em um cenário de instabilidade cambial e inflação.

“Até o fim da década, acredito que um Bitcoin estará valendo mais de US$ 1 milhão”, projetou Serrano, acrescentando que, com o avanço da tecnologia e a adoção institucional, a tendência é de que o valor da criptomoeda continue subindo.

A vitória de Trump foi recebida com entusiasmo por uma parcela dos investidores de criptomoedas, já que muitos acreditam que sua política econômica pode beneficiar o setor. “A presidência dos EUA nas mãos de Donald Trump pela segunda vez parece ser um passo positivo para a expansão das criptomoedas em todo o mundo”, comentou o analista. Para ele, a administração de Trump pode trazer mais atenção para ativos digitais, impulsionando o crescimento do setor globalmente.

Impacto dos ETFs e Análise Técnica

Além do contexto político, outro fator que impulsionou o preço do Bitcoin foi o alto volume de compras de ETFs nos EUA. Paula Reis, analista CNPI-T e parceira da Ripio, destacou que o movimento de alta também é alimentado por ETFs, que têm trazido mais investidores institucionais para o mercado de criptomoedas. “Bitcoin renova máximas nesta segunda-feira, não só pela reeleição de Trump, mas também pelo alto volume de compras de ETFs americanos e de outros países”, explicou Reis.

Com base nas análises mais recentes, o mercado projeta que o Bitcoin pode alcançar um valor entre US$ 100 mil e US$ 110 mil no médio prazo. Além disso, os investidores estão atentos ao Ethereum, segunda maior criptomoeda em valor de mercado, que deve atingir resistências importantes em torno de US$ 3.499 e US$ 3.791. A analista, no entanto, acredita que o Ethereum só superará sua máxima histórica de US$ 4.778,75 após o Bitcoin formar um novo topo. Esse cenário favorece o início de uma “Altseason”, momento em que as altcoins (criptomoedas alternativas) podem vivenciar uma alta significativa.

O recorde do Bitcoin e o crescente interesse por ETFs reforçam a percepção de que as criptomoedas estão consolidando seu espaço no mercado financeiro, sendo cada vez mais vistas como um “ouro digital” para as novas gerações de investidores.

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