O Bitcoin (BTC) enfrenta uma pressão crescente devido à aversão ao risco nos mercados globais, resultando na maior queda semanal do principal ativo digital desde o colapso da exchange FTX em 2022.
Nesta segunda-feira (5), o Bitcoin caiu 15% pela manhã e estava próximo de US$ 50.000 por volta das 8h (horário de Brasília). Em apenas sete dias, a criptomoeda perdeu 26%, marcando a maior desvalorização desde a falência da FTX.
No mesmo período, o Ethereum (ETH), a segunda maior criptomoeda, viu uma queda de 22% nas últimas 24 horas.
Como resultado, o índice de medo e ganância voltou para a zona de “medo”, indicando que os investidores estão se tornando mais cautelosos e menos dispostos a assumir riscos em um período breve.
Impactos das políticas econômicas no Bitcoin
Essas perdas ocorrem em meio a uma intensificação da liquidação global de ações, especialmente nas bolsas asiáticas, refletindo incertezas sobre as perspectivas econômicas e dúvidas sobre se os investimentos massivos em inteligência artificial atenderão às expectativas tecnológicas.
Os juros norte-americano permanecem altos na economia, variando entre 5,25% e 5,50% ao ano, o que é considerável para uma economia desse tamanho.
Jerome Powell, presidente do Fed (Federal Reserve), indicou que os cortes nas taxas podem iniciar em setembro, embora ainda sem uma confirmação definitiva.
Além disso, o aumento das tensões geopolíticas no Oriente Médio está contribuindo para o nervosismo dos investidores.
Finalmente, o aumento recente das taxas de juros no Japão, anunciado na semana passada, gerou preocupação entre os investidores.
O financiamento a baixo custo, amplamente utilizado por traders para obter liquidez e investir em outros ativos, está se tornando menos acessível.
O Banco do Japão (BoJ) também indicou que pretende realizar novos aumentos nas taxas, exacerbando ainda mais a apreensão do mercado.