Criptomoedas

Bolsonaristas criam 'Patriota Coin', memecoin inspirada em Trump

Em um dia, a moeda atingiu US$ 390 mil investidos

bolsonaristas criam Patriota Coin
O ex-presidente da República, Jair Bolsonaro / Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro lançaram a memecoinPatriota Coin” no último fim de semana, inspirados no sucesso de criptomoedas do tipo, especialmente aquela criada pelo presidente dos EUA, Donald Trump. Em menos de um dia, a moeda alcançou 1,2 mil investidores, de acordo com informações do “Globo”.

No período, a moeda atingiu US$ 390 mil investidos (aproximadamente R$ 2,3 milhões). Segundo os criadores da criptomoeda (parafraseando o ex-presidente), “além de imorrível, imbrochável e incomível”, a moeda é “intributável”. Eles também afirmam que a moeda é símbolo de unidade e apoio a valores patrióticos.

Para os criadores, outra vantagem da moeda é que ela oferece aos investidores uma oportunidade de se juntar a uma comunidade com propósito.

A memecoin usa a imagem de Bolsonaro e de apoiadores, incluindo fotos de protestos bolsonaristas no Dia da Independência de 2020. Mesmo assim, os criadores afirmam que o projeto é independente e não tem ligação direta com o ex-presidente. Para eles, os protestos simbolizam uma “onda de engajamento” patriota.

Enquanto isso, os memecoins de Trump e Melania Trump já alcançaram US$ 10 bilhões em investimentos.

Brasil deve se tornar referência em regulação de criptomoedas

Em 2025, o Brasil deve se consolidar como referência na América Latina em regulamentação de criptoativos, dizem especialistas. Um dos impulsionadores desse processo é a licença do BC (Banco Central) para que a Binance atue como corretora, com a permissão da compra da Sim;Paul pela plataforma de criptomoedas.

A aquisição vai permitir participação direta da Binance no mercado de tokens (representações digitais de ativos financeiros reais) e no Drex.

“Isso fortalece a confiança dos investidores e do mercado, especialmente ao atrair participantes institucionais que antes hesitavam devido à falta de supervisão clara”, comenta Arnaldo Rodrigues, sócio de direito bancário da Tortoro, Madureira & Ragazzi Advogados.

A permissão para a Binance também pode abrir portas para plataformas como Mercado Bitcoin e Coinbase, que devem buscar licenças similares para garantir competitividade.

Dessa forma, a abertura deve aumentar a concorrência nesse mercado e a tendência é de que haja cada vez mais regulamentação no setor, uma vez que o país já é o 10º país no mundo em transações com criptomoedas, segundo o estudo The 2024 Geography of Crypto Report, da Chainalysis.

Para Rodrigues, os avanços da regulamentação também podem levar à consolidação do Brasil como hub de inovação em criptoativos na América Latina.

Com isso, o país deve ampliar gradativamente os produtos regulados, como serviços de staking (que permitem recompensas ao realizar transações em rede blockchain sem efetivamente vender ativos) e stablecoins (criptomoeadas pareadas com um ativo ou cesta de ativos estáveis) com lastro em reais.