As criptomoedas já estão entre as cinco principais opções de investimento no Brasil, ficando atrás apenas da poupança, imóveis e do costume de “guardar dinheiro no colchão”, além de estarem empatadas tecnicamente com os fundos de investimento.
A informação faz parte da 1ª Pesquisa Nacional das Criptomoedas, conduzida pelo Datafolha e pela Paradigma Education, com apoio da Hashdex e Coinbase, divulgada nesta quinta-feira (27).
O levantamento revela que os criptoativos superaram as ações na preferência dos investidores brasileiros: atualmente, 2,5 vezes mais pessoas já investiram em criptomoedas do que na bolsa de valores.
O estudo aponta que 16% da população brasileira (cerca de 25 milhões de pessoas) possui ou já possuiu criptomoedas, colocando o Brasil entre os 10 maiores mercados consumidores de criptoativos no mundo.
Potencial de crescimento das criptomoedas no Brasil
A pesquisa também revelou um alto nível de familiaridade com a principal criptomoeda. De acordo com o levantamento, 54% dos entrevistados afirmaram conhecer o Bitcoin, superando o reconhecimento de termos como ESG ou até mesmo o próprio tipo sanguíneo.
Contudo, o estudo aponta que o conhecimento sobre outras criptomoedas ainda é limitado. Entre os que conhecem o Bitcoin, aproximadamente dois terços não sabem nomear nenhuma outra moeda digital.
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O levantamento também indica que 18% dos investidores consideram as criptomoedas uma boa forma de diversificação, enquanto 17% acreditam que esses ativos podem preservar valor ao longo do tempo.
Marcelo Sampaio, CEO da Hashdex, destaca a necessidade de expandir o conhecimento sobre o setor no Brasil. “A pesquisa confirma que o Brasil já é um dos maiores mercados consumidores de cripto do mundo, mas ainda há um grande caminho a percorrer na educação financeira. Queremos tornar o investimento em cripto mais acessível e seguro”, afirmou.
Felipe Sant Ana, cofundador da Paradigma Education, aponta um grande potencial de crescimento para o mercado. “74% dos brasileiros acreditam que o sistema financeiro poderia se beneficiar de uma modernização, e cerca de 20% (16 milhões de pessoas) consideram provável investir em criptomoedas nos próximos dois anos. Este é um dos fatores que explica o grande potencial de crescimento do mercado”, comentou.
Fábio Plein, diretor regional para as Américas da Coinbase, observa que os dados revelam uma carência em educação financeira.
“Embora a cripto já seja uma das cinco formas de investimento mais populares do Brasil, muitos brasileiros ainda a associam apenas à poupança, ignorando outros serviços como o staking. Apesar disso, os resultados da pesquisa nos deixam animados com as perspectivas para o mercado brasileiro”, concluiu.
A 1ª Pesquisa Nacional das Criptomoedas foi realizada pelo Datafolha, que entrevistou 2.007 pessoas em 113 municípios.
