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BTC vê máxima com vitória de Trump; começou a era das criptos?

“Observando o gráfico diário do Bitcoin, notamos uma tendência de alta acentuada", disse especialista

Foto: Freepik
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O Bitcoin atingiu sua máxima histórica nesta quarta-feira (6), após a vitória do republicano Donald Trump na disputa pela presidência dos EUA. A criptomoeda foi negociada a US$ 75.363,3. Trump já se manifestou diversas vezes em apoio ao ativo digital.

“Horas antes da apuração, o preço estava se consolidando na faixa dos US$ 69.000, com uma resistência próxima de US$ 70.300. Com a confirmação da vitória de Trump, essa resistência foi rompida, e o preço alcançou o pico de US$ 75.407,” afirmou Ana de Mattos, analista técnica e trader parceira da Ripio.

“Tivemos uma vitória monumental para o cripto em termos políticos, não só pela vitória de Trump, que é pró-cripto, mas também pela composição do Congresso Americano, que no momento elegeu 235 candidatos pró-cripto contra 112 anti-cripto,” comentou Valter Rabelo, head de ativos digitais da Empiricus Research.

Nesse cenário, especialistas sugerem que o investidor pode esperar maior clareza quanto ao entendimento regulatório de criptoativos. “Isso vai se refletir em leis como a FIT-21, que traz clareza sobre como tratar e interpretar criptoativos no Código Penal, no Código Tributário e em outras áreas essenciais para que instituições entrem nesse mercado com maior peso.”

Além disso, é esperada a revogação de uma regra contábil da SEC (a CVM norte-americana), a SAB-121, que impede bancos de atuarem como custodiantes de criptomoedas.

“No momento, a custódia de criptomoedas nos Estados Unidos só é permitida por corretoras. Os ETFs de Bitcoin, por exemplo, têm a custódia feita pela Coinbase,” explicou Rabelo.

Por ora, o Bitcoin segue em ritmo de alta. “Observando o gráfico diário do Bitcoin, notamos uma tendência de alta acentuada, que dependerá da força compradora para manter o ritmo,” apontou Ana de Mattos.

Trump: além das promessas envolvendo bitcoin, o que pode acontecer?

Dentre as promessas que Trump fez durante sua campanha está a demissão de Gary Gensler, presidente da SEC e considerado “o maior inimigo” do setor nos últimos tempos. “Gensler emitiu várias intimações contra diversos projetos e corretoras de cripto nos últimos meses,” acrescentou Rabelo.

Durante o mandato de Trump, a partir de 2025, é possível que o Bitcoin seja adotado como reserva estratégica para o Tesouro dos EUA. Além disso, espera-se uma aceleração no uso de blockchains como infraestrutura do mercado financeiro, com uma regulação mais transparente.

“Isso permitirá a distribuição global, execução automática de serviços financeiros, redução de custos operacionais e disponibilidade 24 horas por dia, 7 dias por semana,” concluiu o especialista.