CSN (CMIN3) lucra R$ 494 milhões no 2T23, baixa anual de 40%

A mineradora divulgou seus números trimestrais nesta noite de quarta-feira (2)

A CSN Mineração (CMIN3) comunicou ao mercado nesta quinta-feira (3), os resultados do segundo trimestre de 2023 (2T23), em que reportou um lucro líquido de R$ 494 milhões, montante 40% inferior frente ao mesmo período de 2022.

A receita líquida da CSN somou R$ 3,611 bilhões entre abril e junho, o que representa um crescimento de 40% em comparação ao mesmo período do ano passado.

O Ebitda ajustado (lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização)totalizou R$ 1,098 bilhão no segundo trimestre, ou seja, um crescimento de 21% em relação ao segundo trimestre do ano passado.

A margem Ebitda ajustada atingiu 30,41% entre abril e junho deste ano, alta de 4,7 pontos percentuais (p.p.) frente a margem registrada em 2T22.

O lucro bruto, por sua vez, atingiu a cifra de R$ 988 milhões entre abril e junho. Ou seja, a CSN registrou um aumento de 32% na comparação com igual etapa de 2022.

Por outro lado, o resultado financeiro líquido foi negativo em R$ 506 milhões nesse período, revertendo ganhos financeiros de R$ 568 milhões da mesma etapa do ano passado.

Em junho do ano passado, a empresa registrou uma dívida líquida de R$ 200 milhões. Sendo assim, nesse mesmo período, o indicador de alavancagem financeira, calculado através da relação entre a dívida líquida e o Ebitda ajustado, quase atingiu o valor zero.

Entre abril e junho, os investimentos totais somaram R$ 344 milhões, representando um aumento de 39% em comparação ao trimestre anterior. Esse crescimento foi impulsionado pelo progresso nos projetos relacionados à planta P15, bem como em atividades relacionadas a componentes sobressalentes.

J.P. Morgan corta recomendação de compra

As ações da CSN tiveram sua recomendação de compra rebaixada para neutra pelo J.P. Morgan. Além disso, o banco norte-americano cortou o preço-alvo da siderúrgica de R$ 21,00 para R$ 14,00.

Em relatório, a instituição financeira explicou que tinha uma visão otimista em relação à CSN por conta da expectativa de que os lucros fossem revisados para cima à medida que os investidores incorporassem as recentes aquisições no setor de energia e cimento em seus modelos.

Entretanto, segundo os analistas do J.P. Morgan, tudo isso parece estar relativamente precificado, com a CSN tendo tempos desafiadores para seus negócios, já que seu quadro carrega mais dívidas do que seus concorrentes.

Além disso, embora o banco acredite que os preços do minério de ferro irão diminuir até o final do ano, o negócio de mineração deve ser um dos principais impulsionadores de desempenho para a CSN.