Sem prazo

CSN (CSNA3) diz que venderá ações da Usiminas (USIM5)

O Cade determinou em 2014 que a CSN reduzisse sua participação na Usiminas

CSN (CMIN3)
CSN (CMIN3)/ Divulgação

Detentora de 12,9% das ações da Usiminas (USIM5), a CSN (CSNA3) reafirmou nesta terça-feira (13) seu compromisso em cumprir a determinação do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) e, mais recentemente, da Justiça, de reduzir sua participação na concorrente.

No entanto, a empresa ainda não estabeleceu um prazo para a execução dessa medida, que está sendo tratada em um processo confidencial.

“A venda das ações ainda está dentro do prazo determinado pela Justiça. A CSN está observando o momento ideal para fazer essa monetização e debatendo, internamente e com as autoridades, a melhor forma de fazer isso”, informou o diretor financeiro e de relações com investidores da companhia, Marco Rabello, a analistas.

Em 2014, o Cade determinou que a CSN reduzisse sua participação na Usiminas para menos de 5%. Desde então, o prazo para essa operação foi revisado duas vezes, sendo a última em 2022.

Menos de um mês atrás, a Justiça novamente ordenou a venda das ações, e a Usiminas acusou a CSN de não cumprir o prazo legal estabelecido.

CSN nega descumprimento de decisão judicial sobre ações da Usiminas

CSN negou, nesta terça-feira (30), que tenha descumprido a decisão judicial para vender todas as ações da Usiminas. De acordo com a companhia, não houve o decurso do prazo estipulado pelo juízo para a alienação dos papéis.

Parceiros

“Sobre o processo… ainda pendem recursos e o mesmo tramita sob segredo de Justiça”, acrescentou a CNS.

Na segunda-feira (29), a Usiminas anunciou, em fato relevante, que a rival descumpriu a decisão determinada pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).

“A companhia confirma… que houve o decurso do prazo estipulado pelo juízo para a alienação das ações, sem que a CSN tenha cumprido tal decisão judicial”, afirmou a Usiminas, sem dar detalhes sobre o prazo.

A decisão judicial determina que a CNS venda as ações que detém da Usiminas até que sua fatia ocupe menos de 5% do capital total. Hoje, a companhia detém 12% dos papéis da rival.

A Usiminas e CSN são consideradas duas das maiores produtoras de aço plano do Brasil, cerca de 70% do mercado é concentrado por ambas, tendo concorrência com a Gerdau (GGBR4) e a ArcelorMittal.