As expectativas da CSN (CSNA3) para o 2º semestre de 2024 são reduzir os custos na produção de aço, enquanto seguem com sua política de “redução de descontos” nos preços da liga praticados no mercado interno, afirmou o diretor comercial da companhia, Luis Fernando Martinez, nesta terça-feira (13).
“No segundo semestre, os custos devem continuar caindo com certeza, estamos em 3.400 (reais por tonelada)”, afirmou o executivo.
Além disso, durante a teleconferência com analistas sobre os resultados trimestrais da CSN, ele mencionou a intenção da empresa de conseguir chegar ao patamar de R$ 3 mil nos próximos trimestres, de acordo com a “Reuters”.
“Em preços, já temos recuperação. Voltamos ao nosso melhor mix de valor agregado…e vamos focar na margem”, acrescentou Martinez.
O custo de produção de placas de aço da CSN no 2TRI24 ficou em cerca de R$ 3.549 por tonelada, uma queda de 13,7% na comparação anual.
Mesmo com o prazo expirado para as negociações exclusivas da CSN, no setor de cimentos, para compra de ativos da Intercement, Antonio Rabello, o diretor financeiro, comentou que a companhia segue no diálogo com o grupo Mover, controladora da cimenteira.
O intuito é garantir uma equação que não comprometa a alavancagem em ascensão da empresa.
Mesmo com o aumento no nível de endividamento no 2TRI24, que chegou a 3,36 vezes ante a meta de 2,5 vezes até o final do ano, o executivo afirmou que a empresa segue com compromisso na redução do endividamento.
Rabello citou que a CSN deve conseguir parceiros para as suas divisões de energia e mineração até o final do ano, mas não detalhou o processo.
Além disso, a empresa vai “monetizar” as ações da Usiminas (USIM5) que tem em carteira “em algum momento”, disse o executivo.
Em paralelo a isso, a empresa manteve os planos de fazer IPOs (ofertas iniciais de ações) de suas unidades, com a próxima, após mineração, sendo a de cimentos. Não houve mais detalhes sobre previsões de datas.
CSN (CSNA3) reverte lucro e tem prejuízo de R$ 223 mi
A CSN (Companhia Ciderúrgica Nacional) (CSNA3) reportou um prejuízo líquido de R$ 223 milhões no segundo trimestre de 2024, reventendo o lucro de R$ 283 milhões do mesmo período do ano anterior.
A receita líquida teve redução de 1% entre os dois períodos, de R$ 10,99 bilhões para R$ 10,882 bilhões. As vendas de aço subiram 7% e as de minério de ferro caíram 4%.
O Ebtida (lucro antes de juros impostos, depreciação e amortização) ajustado ficou em R$ 2,645 bilhões no segundo trimestre de 2024, aumento de 17% ante um ano antes.