A CSN Mineração (CMIN3) teve um lucro líquido de R$ 446,3 milhões no terceiro trimestre de 2024, o que representa uma queda de 62,81% em relação ao mesmo período de 2023, apontou o balanço da companhia divulgado nesta quarta-feira (13).
A redução ocorre por uma diminuição do preço do minério de ferro e pelos efeitos da variação cambial, que prejudicaram os ganhos mesmo com um aumento no volume de vendas, afirmou a companhia. A CSN Mineração atingiu um Ebitda de R$ 1,139 bilhão entre julho e setembro deste ano, o que representa queda de 42,7% ano a ano.
“Essa redução de rentabilidade é consequência exclusiva da menor realização de preços, uma vez que o terceiro trimestre foi marcado por resultados extraordinários, com recordes de produção própria e de vendas”, justificou a empresa, em comunicado de resultados.
Prejuízo de R$ 425,2 milhões
A receita líquida da companhia foi de R$ 3,9 bilhões, o que representa redução de 18% em relação ao terceiro trimestre de 2023. Enquanto isso, o resultado financeiro foi um prejuízo de R$ 425,2 milhões, ante o lucro de R$ 2,7 milhões entre julho e setembro de 2023.
A companhia também apresentou um fluxo de caixa ajustado negativo de R$ 276 milhões, justificado por maiores investimentos, menores resultados, efeitos da variação cambial e aumento de pagamentos do IR (imposto de renda). A alavancagem da CSN Mineração também foi negativa, de 0,8 vez.
CSN (CSNA3): venda de fatia na CSN Mineração ajudará com alavancagem
Na avaliação da Fitch, agência de classificação de risco norte-americana, a venda de uma participação de 11% na CSN Mineração (CMIN3) por cerca de R$ 4,4 bilhões à Itochu Corporation ajudará a Companhia Siderúrgica Nacional (CSNA3) a reduzir sua alavancagem em um momento de dificuldades operacionais.
No relatório, assinado pelos analistas Hector Collantes e Debora Jalles, a Fitch vê que a operação não afeta as notas de crédito da CSN, mas viria em bom tempo considerando um momento de baixa geração de caixa pelo cenário desafiador do aço.
A partir da entrada dos recursos, a CSN conseguiria reduzir a alavancagem de 3,3 vezes esperado para o fim de 2024 para 2,9 vezes.
No entanto, ainda assim, a meta de longo prazo para o indicador da empresa – em 2,5 vezes – ainda ficaria longe e seria alcançada só nos próximos três anos, de acordo com o “InfoMoney”.
A Fitch afirmou que a empresa que nota de crédito “BB” avaliada para a CSN pode ser elevada caso sua alavancagem fique abaixo de 2,5 vezes de maneira consistente. No cenário contrário, caso fique acima de 3,5 vezes, a nota será rebaixada.