A CSN (CSNA3) divulgou seu balanço do primeiro trimestre de 2023 nesta terça-feira (3). Os resultados mostram que a companhia reportou prejuízo líquido de R$ 823 milhões no 1T23, revertendo lucro líquido de R$ 1,364 bilhão no mesmo período de 2022, segundo o “Info Money”.
Em seu relatório financeiro, a companhia explica que o resultado se deu em função de impactos não recorrentes, como o hedge de minério e o hedge accounting de câmbio, sem impacto de caixa.
“É importante ressaltar também que o efeito do hedge de minério é apenas transitório, uma vez que a forte queda do Platts após o final do primeiro trimestre deve trazer um impacto positivo para a posição em aberto, de forma a compensar majoritariamente o impacto do primeiro trimeste”, afirmou a CSN.
O Ebitda (lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado totalizou R$ 3,203 bilhões no 1T23, uma redução de 32% em relação ao 1T22. Já a margem Ebitda ajustada foi de 27,5%, o que representa um leve avanço em relação aos 27,1% do 4T22, mas queda na comparação com os 39,1% do período homólogo em 2022.
Como informou o portal de notícias, a empresa alega que o resultado foi consequência direta da melhora dos resultados de mineração que, mesmo com um menor volume de vendas, acabou por apresentar um Ebitda maior em razão dos preços realizados, compensando a dinâmica mais fraca observada nos segmentos siderúrgico e cimentício.
CSN (CSNA3): Goldman Sachs recomenda venda
As ações da CSN (CSNA3) receberam recomendação de venda pelo Goldman Sachs. O banco norte-americano ainda estipulou um preço-alvo em R$ 12,50.
Os analistas do Goldman Sachs esperam que os resultados e o fluxo de caixa livre da CSN atinjam um pico no segundo trimestre e depois enfrentem desafios.
“Esperamos que os resultados da CSN e a geração de caixa livre atinjam o pico no segundo trimestre de 2023, seguido de ventos contrários devido a uma combinação de 1) aumento de capex (investimentos), 2) resultados decrescentes e 3) alta alavancagem em um ambiente de taxa de juros elevada”, escreveram os analistas Marcio Farid, Gabriel Simões e Henrique Marques, em relatório.
Ainda segundo o Goldman Sachs, com uma alavancagem ainda elevada, o balanço patrimonial da CSN não está preparado em caso de deterioração nos números para níveis menores que os normalizados.
“Adicionalmente, a estratégia de alocação de capital da companhia continua incluindo expansão orgânica e inorgânica em um mundo onde investidores preferem retornos de caixa”, acrescentaram.
Apesar disso, o banco reitera que as perspectivas podem se tornar mais otimistas caso os lucros da companhia de siderurgia e mineração se normalizem em níveis mais altos do que o previsto, com suporte da geração de fluxo de caixa livre e menor alavancagem.
“Isso pode acontecer caso os preços do minério de ferro permaneçam mais fortes do que as expectativas da equipe de commodities do Goldman Sachs e/ou a demanda por aço acabe sendo maior do que o esperado”, escreveram os analistas, em relatório, sobre a CSN.