A AmFi, uma fintech brasileira que criou uma plataforma que conecta originadores a investidores globais, recebeu nesta quinta-feira (21), a autorização da Comissão de Valores Imobiliários (CVM) para distribuir publicamente os tokens de recebíveis.
Desse modo, a AmFi se tornou a primeira no Brasil a ter a regalia de atuar com todos os perfis de investidores no país e planeja divulgar a primeira oferta pública ainda neste mês.
De acordo com o CEO da AmFi, Paulo David, agora, a fintech garantirá que mais pessoas acessem o mercado de capitais, garantindo segurança, transparência e controle.
Para a fintech, a permissão para realizar ofertas públicas é um avanço gigantesco. “A possibilidade de realizar ampla divulgação das nossas oportunidades certamente trará ainda mais luz e relevância para seu modelo de negócio”, destaca.
A plataforma já foi utilizada em mais de 35 operações, avaliando, tokenizando e processando mais de 3.000 ativos financeiros.
Regras
Além disso, entre as regras estabelecidas em abril deste ano, há um anseio de que a distribuição seja previamente autorizada e funcione como uma plataforma de crowdfunding.
Vale destacar que a AmFi terá que cumprir com alguns requisitos, entre eles, estar registrada junto à CVM; não ultrapassar o valor alvo máximo de R$ 15.000.000,00 e o prazo de captação não ser superior a 180 dias.
Sendo assim, houve um período de quase 5 meses para que o processo ficasse devidamente adequado, contando o período de análise da CVM, no qual durou aproximadamente três meses.
A plataforma já foi utilizada em mais de 35 operações, avaliando, tokenizando e processando mais de 3.000 ativos financeiros.
CVM abre consulta pública para reformar regras de assembleia de acionistas
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) disponibilizou nesta quinta-feira (21), uma consulta pública sobre as normas para as assembleias de acionistas.
Nesse sentido, o movimento visa aprimorar os mecanismos de participação e votação à distância. O prazo para contribuições vai até 24 de novembro.
“As boas normas são construídas em sintonia com o mercado”, disse João Pedro Nascimento, presidente da reguladora, sobre as contribuições de agentes de mercado na consulta. O executivo participou de evento na sede da CVM na manhã desta quinta-feira.
Desse modo, a consulta direcionada à resolução 81, levanta propostas como a liberação para que as empresas realizem assembleias em locais físicos acessórios para a participação de acionistas nos eventos em tempo real.
Outra sugestão levantada foi a ampliação das hipóteses de obrigatoriedade de divulgação do boletim de voto a distância para todas as assembleias. A eventual dispensa da obrigatoriedade de disponibilizar o mecanismo em certos casos também está em debate, assim como o fluxo de transmissão das instruções de voto.
Para o presidente da CVM, a reforma facilitará não apenas a votação em assembleias, mas a efetiva participação à distância. “Usamos a experiência prática do Brasil e combinamos com a prática internacional para fazer a análise de impacto regulatório”, disse Pedro Castelar, chefe de gabinete da presidência da CVM.