Mercado

CVM dá sinal verde e SAFs podem chegar à B3 em breve

A SAFs poderão manter plataformas de financiamento coletivo, conhecidas como crowdfunding

A Comissão Mobiliária de Valores (CVM) deu sinal favorável em relação à intenção das famosas SAFs (Sociedades Anônimas de Futebol) em captar recursos na Bolsa de Valores através da emissão de ações, ou de títulos de dívida próprios.

Além da captação de recursos, a SAFs poderão manter plataformas de financiamento coletivo, conhecidas como crowdfunding.

Nesse sentido, o Parecer de Orientação de número 41 da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) foi publicado em 21 de agosto, e estabelece uma série de critérios de governança para os clubes-empresa, caso desejem ter suas ações listadas no mercado de capitais.

Os clubes, a fim de figurarem neste mercado, serão obrigados a modificar a estrutura de associação sem fins lucrativos, como é o caso de muitos times que operam atualmente no País, e que participam tanto de competições nacionais quanto estaduais.

IPOs de SAFs

De acordo com a CVM, fica autorizada a possibilidade de que os clubes brasileiros estruturem suas operações de oferta pública, caso optem por entrar no mercado aberto.

Sendo assim, os times de futebol poderão receber recursos de potenciais investidores interessados em se tornarem sócios da atividade do time, desde que tenha uma perspectiva de lucro futuro com o recebimento de dividendos.

Vale destacar que, atualmente, dos 20 times da série A do Campeonato Brasileiro, seis são reconhecidos como SAFs, entre eles, Bahia, Botafogo, Cruzeiro, Cuiabá, Red Bull Bragantino e Vasco.

Fora do Brasil, o caso mais conhecido de uma SAF com ações na Bolsa de valores é o do Manchester United, um dos clubes britânicos de maior tradição. Desde o seu IPO, em agosto de 2012, as ações do clube subiram cerca de 68%.

XP (XPBR31) e BTG (BPAC11) no futebol

A XP (XPBR31) e o BTG Pactual (BPAC11) são protagonistas em uma disputa bilionária pela criação de uma liga para organizar o futebol brasileiro. De um lado, o BTG, junto com o Codajáras Sports Capital, atraiu um investimento de R$ 4,75 bilhões do Mubadala Capital para a Liga do Futebol Brasileiro (Libra). Sendo que a proposta envolve uma fatia de 20% da liga a ser criada, por um prazo de 50 anos. As informações são do “NeoFeed”.

Em termos parecidos, a XP trouxe um investimento de R$ 4,85 bilhões de um consórcio da gestora brasileira Life Capital Partners (LCP) e do fundo americano Serengeti Asset Management, para a Liga Forte Futebol (LFF).

Os dois representantes já buscam alternativas para vencer a disputa. O Mubadala já se movimentou e apresentou uma nova proposta, adicionando um valor de R$ 2,4  bilhões a mais por 12,5% das receitas de um bloco comercial, e não de uma liga, para negociar as cotas de transmissão.