CVM irá apertar fiscalização contra influenciadores

O presidente da CVM afirmou que o órgão não irá tolerar casos de influenciadores que “transbordam os limites”

O presidente da CVM (Comissão de Valores Mobiliários), João Pedro Nascimento, afirmou nesta quarta-feira (21) que o órgão não irá tolerar casos de influenciadores digitais que “transbordam os limites” e que passam a fazer análises de investimentos, recomendando a compra e venda de ativos.

“Isso a gente não pode tolerar porque estão invadindo a esfera dos nossos agentes regulados, estão entrando no perímetro da CVM”, afirmou Nascimento durante o evento MKBR22, promovido pela B3 e pela Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais).

“A gente vai seguir aprimorando e esperamos olhar para os influenciadores e ter um cuidado para que eles não invadam a prerrogativa de agentes regulados, mas ao mesmo tempo tentar enxergar neles algumas oportunidades para que a CVM multiplique a mensagem da educação financeira”, relatou.
 
Apesar das declarações, o presidente da CVM afirmou que não quer usupar “o exercício de liberdade de expressão de ninguém”.

CVM processa “Faraó dos Bitcoins”

Na semana passada, a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) processou Glaidson Acácio dos Santos, mais conhecido como “faraó dos Bitcoins”. O órgão relatou ter juntado elementos suficientes para acusar Santos por operações fraudulentas e irregularidades no mercado de capitais brasileiro.

De acordo com o jornal “O Globo”, a CVM teve acesso às provas da Operação Kryptos, que prendeu o empresário em 2021. De acordo com o Ministério Público Federal, o “faraó dos Bitcoins” movimentou mais de R$ 38 bilhões a partir de negócios envolvendo criptoativos. 

Durante a Operação Kryptos, os agentes da Polícia Federal apreenderam 591 bitcoins, dezenas de carros de luxo e mais de R$ 13 milhões em espécie.

Apesar de receber denúncias desde 2019, a CVM entendia que, mesmo que existissem indícios de pirâmide financeira, o caso do “faraó dos Bitcoins” não dizia respeito a valores mobiliários. Assim, o órgão não teria bases legais para acusar os envolvidos na esfera administrativa.

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