Analistas do Santander (SANB11) reduziram o preço-alvo das ações da Dasa (DASA3) de R$ 10,50 para R$ 4,75, mantendo a recomendação neutra, conforme relatório divulgado aos clientes e ao mercado nesta terça-feira (18).
O banco aplicou um desconto ao múltiplo da Dasa devido às maiores incertezas quanto às melhorias operacionais, margens significativamente mais baixas em comparação com outros players do setor e alta alavancagem em um cenário de juros elevados.
Os analistas Caio Moscardini, Karoline Silva Correia e Guilherme Gripp destacam que, apesar de alguns fatores positivos, como a melhora na alavancagem e a expectativa de avanços operacionais com a retomada do foco nas operações de diagnóstico, muitas incertezas ainda cercam a companhia.
“Nós acreditamos que a JV hospitalar com a Amil é positiva, pois maior escala e uma gestão focada poderiam impulsionar uma expansão mais rápida das margens, levando a alavancagem a melhorar em relação ao nível atual”, ponderam os analistas.
O Santander acredita que a joint venture hospitalar com a Amil (Grupo Américas) oferece significativas oportunidades de sinergia, abrangendo 25 hospitais, com 4,4 mil leitos, e 13 unidades oncológicas.
“Em nossa opinião, a maior escala poderia gerar fortes sinergias, que estimamos em VPL de R$ 2,8 bilhão (R$ 1,25/ação). Segundo a Dasa, o Grupo Américas carrega elevados R$ 2,3 bilhões em custos fixos/ despesas e, portanto, representa uma oportunidade substancial de expansão de margem, em nossa opinião”.
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A queda das ações continuou após a confirmação da joint venture, que, apesar de vista como positiva, havia impulsionado os papéis de forma mais robusta durante o período especulativo.
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As ações da Dasa iniciaram o pregão com fortes ganhos, com investidores animados com a notícia, que gera uma gigante no segmento de hospitais. Na máxima do dia, os ativos chegaram a disparar 12,55%.
Contudo, os papéis da empresa foram progressivamente reduzindo os ganhos, chegando a zerar a alta durante a manhã. A DASA3 fechou com queda de 10,21%, a R$ 4,22.
Na perspectiva de Alexandre Pletes, head de renda variável da Faz Capital, alguns fatores apontaram para a viração das ações durante a sessão. Segundo ele, em primeiro lugar, está o movimento “compra no boato, vende no fato”.
