Dasa (DASA3) promove "dança das cadeiras" e irá trocar CEO

Pedro Bueno, CEO da Dasa, passará a ser vice-presidente executivo do Conselho de Administração

A Dasa (DASA3) irá passar por mudanças em seu alto escalão. O executivo Lício Cintra, que liderou o Grupo São Francisco por uma década, até sua venda, assumirá como CEO da companhia em fevereiro do ano que vem. Com isso, Pedro Bueno, atualmente no comando da empresa, passará a ser vice-presidente executivo do Conselho de Administração.

O plano de reestruturação da Dasa contará com três fases. Na primeira, que começará em agosto deste ano e terminará em fevereiro de 2024, Bueno, ainda como CEO, irá imprimir um ritmo na transição da liderança executiva no âmbito da gestão, apoiando Cintra.

Já na segunda fase, que se iniciará em fevereiro do ano que vem e será finalizada em fevereiro de 2025, Bueno, como vice-presidente executivo, garantirá disciplina em relação ao direcionamento e implantação da estratégia, assim como apoiará Cintra no papel de CEO.

Por fim, na terceira fase, Bueno passará a atuar como vice-presidente do conselho de administração da Dasa, deixando a posição executiva.

À frente da Dasa há mais de oito anos, Bueno é membro da família de controladores, que detém cerca de 80% do capital social da empresa.

Nesta quarta-feira (28), por volta das 14:30 (de Brasília), as ações da Dasa recuavam 0,55%, cotadas a R$ 10,94.

Dasa (DASA3): Goldman Sachs recomenda compra

As ações da Dasa (DASA3) receberam recomendação de compra da Goldman Sachs. Além disso, a instituição financeira também estipulou preço-alvo de R$ 15,00 para os papéis da companhia.

O banco norte-americano crê que a abordagem de cuidados coordenados da Dasa e sua presença nacional com centros de serviços ao paciente e hospitais configuram uma estratégia vencedora no setor de provedores de serviços de saúde.

Em relatório, analistas do Goldman Sachs ainda citaram alguns catalisadores que podem tornar a empresa atraente para os investidores.

“i) A empresa potencialmente se beneficiando de futuros cortes nas taxas de juros, dada sua alta alavancagem, o que melhoraria substancialmente a geração de fluxo de caixa em relação aos níveis atuais; ii) a empresa recentemente passou a ter um foco maior em eficiência, trabalhando para melhorar a rentabilidade, o que deve sustentar a expansão da margem no futuro”, escreveram.

“iii) A alocação de capital provavelmente será otimizada, e esperamos uma maior priorização no curto prazo sobre o tema (ou seja, revisão dos investimentos em tecnologia, que representaram de 30% a 40% do capex total); iv) iniciativas para melhorar ainda mais a estrutura de capital após a recente oferta primária e a gestão de passivos”, acrescentaram os analistas da Goldman Sachs sobre a Dasa.