Dasa (DASA3) protocola oferta pública de ações de R$ 1,5 bi no mínimo

Recursos serão utilizados para reforçar o caixa, suprir necessidades de capital de giro e serviço da dívida

A Dasa (DASA3) protocolou, nesta terça-feira (4), na CVM (Comissão de Valores Mobiliários) o pedido de registro de OPA (Oferta Pública de Ações). Inicialmente, serão emitidas 176.470.590 novas ações ordinárias, totalizando um montante de, no mínimo, R$ 1,5 bilhão, se considerado o preço mínimo de R$ 8,50 por ação, segundo o InfoMoney.

“O preço mínimo de R$ 8,50 por ação foi definido considerando (i) o preço médio ponderado por volume histórico dos últimos 60 dias contados do fato relevante divulgado em 24 de março de 2023; (ii) a aplicação de um deságio de, aproximadamente, 8,7%; e (iii) a entrega dos Bônus de Subscrição como vantagem adicional; não promovendo, portanto, diluição injustificada dos atuais acionistas da companhia”, disse o comunicado.

As ações emitidas começarão a ser negociadas em Bolsa no dia 20 de abril de 2023. O objetivo da companhia é utilizar os recursos líquidos provenientes da oferta para reforçar o caixa, suprir as necessidades de capital de giro e de serviço da dívida, visando uma estrutura de capital eficiente e otimizada.

Ainda de acordo com o veículo, adicionalmente, serão entregues de começo 17.647.059 bônus de subscrição aos subscritores das ações, que serão ofertados e alocados aos subscritores em lotes de 10 Ações.

A oferta será realizada no Brasil, em mercado de balcão não organizado, sob a coordenação do Banco Bradesco BBI, do Banco BTG Pactual e do Banco Itaú BBA.

A quantidade de ações da OPA inicialmente ofertada, poderá ser acrescida em até 46,67%, ou seja, até 82.352.940 ações adicionais e 8.235.294 bônus de subscrição, que serão destinadas a atender eventual excesso de demanda que venha a ser constatado no âmbito do Procedimento de Bookbuilding.

Dasa (DASA3) planeja vender prédio do Hospital da Bahia

A Dasa (DASA3) planeja vender o edifício onde funciona o Hospital da Bahia, em Salvador, e o Hospital São Domingos, em São Luís do Maranhão, por cerca de R$ 300 milhões. A ideia é transferir os imóveis e alugá-los novamente para manter os hospitais na ativa com contratos de longo prazo. O BP Money entrou em contato com a companhia, mas a mesma preferiu não comentar o assunto. 

A reportagem também entrou em contato com o Hospital da Bahia, mas a assessoria solicitou que o caso só fosse tratado com a companhia. A Dasa confirmou em novembro de 2022 que estava estudando a possibilidade de aumento de capital de R$ 2 bilhões, entre outros mecanismos para entrada de novos investidores. 

A intenção da empresa é gerar capital novo, para fazer frente à sua dívida de  R$ 8,3 bilhões. Haverá uma oferta subsequente de ações de R$ 1,5 bilhão e o papel da empresa será vendido a R$ 8,50. A família Bueno, dona da Dasa, coloca R$ 1 bilhão, e o BTG Pactual  R$ 500 milhões.

Em junho de 2021, 100% do capital social do Hospital da Bahia foi vendido ao grupo Dasa por R$ 850 milhões.