A oferta de debêntures incentivadas teve intensa movimentação em março deste ano. Conforme registros da CVM (Comissão de Valores Mobiliários), até o momento foram registrados cerca de R$ 8 bilhões em emissões, no grupo incluem-se as já liquidadas e as não concluídas, de acordo com apuração do Valor Econômico.
A Claro foi a empresa que mais emitiu debêntures incentivadas, com R$ 2,5 bilhões estimados. Logo depois vem a Rumo com R$ 1,2 bilhão e a Cesp com R$ 1,1 bilhão. Nos dois meses anteriores, esses títulos corresponderam a R$ 5,82 bilhões e R$ 2,64 bilhões, para janeiro e fevereiro, respectivamente.
Os dados de registro são da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), levando em conta somente as operações concluídas nos meses em questão.
Segundo o Valor, o volume de debêntures incentivadas, em 2023, fechou com a somatória de R$ 67,82 bilhões. A demanda pela emissão desses títulos foi impulsionada pela maior restrição às ofertas de ativos de outros tipos, a exemplo do CRA e CRI.
BNDES recebe prêmio internacional por coordenar debêntures
O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) recebeu reconhecimento internacional, ainda em 2023, por suas atividades no mercado de debêntures.
O banco brasileiro foi destacado pelo Project Finance and Infrastructure Journal (IJ Global) como o melhor coordenador de ofertas de debêntures na América Latina. Segundo informações divulgadas pelo próprio BNDES, as ofertas coordenadas pelo banco totalizaram cerca de R$ 18 bilhões no ano passado.
Entre os projetos apoiados estão iniciativas de saneamento no Rio de Janeiro e no Amapá, expansão de aeroportos e aprimoramentos na infraestrutura ferroviária do país.
Além disso, o BNDES destaca que 70% dos títulos estruturados no período foram certificados como sustentáveis.