Memória

Deputada federal Amália Barros morre aos 39 anos

Parlamentar lutava pelos direitos das pessoas com visão monocular

Deputada Amália Barros
Amália Barros / Divulgação

A deputada Amália Barros (PL-MT) faleceu na madrugada deste domingo (12), aos 39 anos. Ela estava hospitalizada desde 1º de maio no Hospital Vila Nova Star, em São Paulo, após passar por uma cirurgia para a remoção de um nódulo no pâncreas.

A morte da parlamentar, que estava em seu primeiro mandato na Câmara dos Deputados, foi confirmada por meio de uma nota publicada em suas contas nas redes sociais.

Durante as últimas semanas, Amália passou por mais de um procedimento cirúrgico e estava recebendo tratamento intensivo.

Eleita em 2022 com mais de 70 mil votos, ela ocupava o cargo de vice-presidente do PL Mulher e mantinha uma amizade próxima com a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, que usou suas redes sociais para se despedir. “Vou te amar para sempre, minha amiga. Você está nos braços de Nosso Pai”, expressou Michelle.

Mais sobre a deputada

Nascida em Mogi Mirim, São Paulo, Amália Barros era formada em jornalismo e transformou uma adversidade pessoal em uma causa política. Aos 20 anos, ela perdeu a visão de um dos olhos, que posteriormente precisou ser removido e substituído por uma prótese.

Com base nessa experiência, ela fundou um instituto e dedicou-se à defesa dos direitos das pessoas com visão monocular.

O Instituto Nacional da Pessoa com Visão Monocular dedica-se a realizar campanhas de arrecadação de recursos e doações de próteses oculares e lentes esclerais.

No final de 2021, Amália lançou o livro “Se Enxerga!: Transforme Desafios em Grandes Oportunidades para Você e Outras Pessoas”, no qual compartilha sua história e experiências.

“Quero expressar meus sentimentos à família e aos amigos e amigas da nossa querida deputada Amália Barros, uma jovem lutadora pelas causas do Mato Grosso e da visão monocular”, publicou o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), em sua conta no X.

“Ainda sem ter assumido o mandato, me procurou na Câmara dos Deputados para a aprovação da Lei 14.126/21, da qual foi incansável articuladora e que classifica a visão monocular como deficiência sensorial e estende os mesmos direitos e benefícios previstos para pessoas com deficiência. Uma conquista ímpar para o segmento”, complementou Lira.