Em apenas 10 dias, o programa Desenrola Brasil, uma iniciativa do governo federal destinada à renegociação de dívidas de pessoas inadimplentes, alcançou um impressionante montante de R$ 1 bilhão em descontos concedidos sobre as dívidas renegociadas.
A cifra bilionária foi alcançada graças à utilização da plataforma online fornecida pelo governo, que chegou a registrar a impressionante marca de 50 mil usuários simultâneos, todos em busca de oportunidades para renegociar suas pendências financeiras com as instituições.
Neste momento, o programa se encontra na “Faixa 1”, etapa voltada para indivíduos com renda mensal de até dois salários mínimos (R$ 2.640) ou que estejam inscritos no Cadastro Único (CadÚnico).
Com isso, quem tem dívidas de até R$ 5 mil pode receber ofertas de descontos para quitar à vista ou em até 60 meses, com juros de até 1,99% ao mês. Aos que possuem valor superior com limitação de até R$ 20 mil, também é possível renegociar, mas somente à vista.
Como renegociar as dívidas na plataforma
Após logar com conta gov.br no nível prata ou ouro, o devedor terá de escolher uma instituição financeira ou empresa inscrita no programa para fazer a renegociação. Em seguida, basta selecionar o número de parcelas e efetuar o pagamento.
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A página listará os credores que ofereceram os descontos por ordem de juros, do mais baixo para o mais alto. Na etapa de leilões, 654 empresas apresentaram as propostas, com o desconto médio ficando em 83% do valor original da dívida. Contudo, o desconto pode ser maior, dependendo da atividade econômica.
Semelhante a como ocorre na restituição do Imposto de Renda, os devedores foram separados em lotes. Dessa forma, no primeiro lote, 8 milhões de pessoas poderão renegociar.
Para verificar se já está liberado para renegociar o seu débito, é preciso acessar o site www.gov.br e informar CPF e senha.
A partir da liberação, o devedor terá 20 dias para realizar a renegociação, sendo que, após o prazo, outro lote é liberado. De acordo com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a medida busca dar chance para todos negociarem os débitos com suporte do FGO (Fundo de Garantia de Operações), que soma R$ 8 bilhões.
