Deutsche Bank (DBAG34) fecha em queda e derruba bancos da Europa

Os ativos fecharam com queda de 8,53%, a 8,54 euros, em baixa expressiva, apesar de se distanciarem das mínimas do dia

 

As ações do Deutsche Bank (DBAG34) fecharam em queda forte na Bolsa de Frankfurt na sessão desta sexta-feira (24), após uma alta no custo de seguro dos títulos da instituição contra risco de inadimplência, em meio a preocupações sobre a estabilidade dos bancos europeus persistindo. Com informações do Infomoney.

Os ativos fecharam com queda de 8,53%, a 8,54 euros, em baixa expressiva, apesar de se distanciarem das mínimas do dia. As ações do banco alemão caíram pelo terceiro dia consecutivo e já perderam cerca de um quinto de seu valor até o momento neste mês. As ações da instituição no Brasil também registraram resultado negativo de 2,87% com cotação de R$ 49,09.

Os swaps de inadimplência de crédito – uma forma de seguro para os detentores de títulos de uma empresa contra a inadimplência – saltaram para 173 pontos-base na noite de quinta-feira, de 142 pontos-base no dia anterior.

O resgate de emergência do Credit Suisse pelo UBS, após o colapso do SVB, com sede nos EUA, provocou temores de contágio entre os investidores, que foram aprofundados pelo novo aperto da política monetária do Federal Reserve dos EUA na quarta-feira, com uma alta de juros em 0,25 ponto percentual.

O Deutsche liderou as amplas quedas das ações dos principais bancos europeus na sexta-feira, com Commerzbank (-5.45%), Credit Suisse (-5,19%), Societe Generale (-6,13%) e UBS (-3,55%) também fechando em forte baixa.

O setor bancário global tem sido abalado desde o colapso repentino neste mês de dois bancos regionais dos Estados Unidos. Os formuladores de políticas monetárias enfatizam que a turbulência é diferente da crise financeira global de 15 anos atrás, dizendo que os bancos estão mais capitalizados e os fundos disponíveis com mais facilidade. Mas as preocupações seguem.

 

UBS: Agência muda perspectiva de ratings de banco para negativa

No início da semana, a Moody’s alterou os ratings do UBS, de estável para negativa, após o banco adquirir o rival suiço Credit Suisse. A agência apontou os motivos da mudança de perspectiva, mas fez ressalvas também. 

De acordo com a agência, o UBS foi para terreno negativo por causa dos temores de que o perfil de crédito mais fraco do Credit e o custo de integração do banco tornem mais difícil que o banco cumpra metas financeiras.

A ressalva vem quando a agência conta que o banco tem potencial para aumentar significativamente a franquia do UBS em gerenciamento de riquezas, operações bancárias na Suíça, além de gerenciamento de ativos e banco de investimentos. 

Ainda na segunda-feira, a S&P Global Ratings também fez o movimento e mudou o UBS de estável para negativa e deu motivos parecidos.