As expectativas do comércio em torno do Dia das Crianças – a terceira data mais importante para o setor, atrás apenas do Natal e Dia das Mães – estão lá em cima. De acordo com a CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), as vendas devem ter um incremento de 2,6% em comparação a 2023.
O percentual de alta, se concretizado, fará o comércio brasileiro movimentar R$ 9,35 bilhões. A comemoração acontece no sábado (12), e o segmento de vestuário, calçados e acessórios (27%) e de eletroeletrônicos e brinquedos (25%) serão, como de costume, os maiores destaques.
Especialistas consultados pelo BP Money apontam para o processo de recuperação econômica observado no Brasil desde o ano passado como o principal motivador do aumento das vendas.
Gianluca Di Mattina, analista da Hike capital, destacou que, mesmo em um cenário de alta da Selic, a desaceleração da inflação e o crescimento da massa salarial têm sustentado o crescimento do varejo.
“O mercado de trabalho aquecido e a expansão do crédito à pessoa física são fatores que continuam impulsionando o comércio, mesmo com os desafios da política monetária mais restritiva”, pontuou Gianluca.
Pedro Afonso Gomes, presidente do Corecon-SP, chama atenção para o fato de que, embora a quantidade de vendas deva crescer, o volume monetário ainda não deve apresentar um incremento tão grande.
“A soma dos preços dos produtos provavelmente não será tão grande ainda esse ano, porque ainda há uma recuperação econômica em andamento. Mas o que nós podemos ver é que isso está seguindo adiante, com inflação razoavelmente controlada e que nos permita ter uma perspectiva boa para este ano, assim como para o final do ano e para o início do ano que vem”, destacou Gomes.
Dia das Crianças será impactado positivamente pela confiança do consumidor na economia
Portanto, para o economista e vice-presidente do Corecon-Ba, Edval Landunlfo, o aumento das expectativas em relação às compras no Dia das Crianças reflete, sobretudo, a confiança dos consumidores na economia.
“Mesmo com o aumentos dos juros no último encontro do Copom, isso não fez muita diferença na percepção do consumidor, muito pelo contrário, ele tem esse otimismo e isso reflete, principalmente, na prória produção da indústria e crescimento do varejo.
O economista aproveitou para aconselhar cuidado na hora de ir às compras. “Prcisa ter cautela, colocar tudo na ponta do laís, para que não hajam surpresas negativas. Ver o quanto pode pagar à vista, ainda mais que o ano já está chegando ao fim e vêm outras festas qee as pessoas gastam bastante”, afirmou Edval.